A Americanas (AMER3) fechou 48 lojas entre junho de 2022 e maio de 2023. Os dados foram revelados no relatório do Escritório de Advocacia Zveiter e Preserva Ação, administradores judiciais do processo de recuperação da empresa, divulgado na última sexta-feira (30).
De acordo com o documento, a maioria dos estabelecimentos teve as atividades encerradas após a eclosão do rombo fiscal bilionário e do consequente pedido de recuperação judicial da companhia, no início do ano. Entre janeiro e maio de 2023, foram 38 filiais fechadas. No final de maio, a Americanas contava com 1842 lojas em funcionamento.
Também se observou uma redução considerável do número de clientes ativos durante o período. Entre junho e dezembro de 2022, ocorreu uma diminuição de 2,4%. Em 2023 essa redução se acentuou, registrando queda de 9,9% no número de clientes ativos em maio de 2023 em comparação com dezembro de 2022. Ainda considerando o mês de maio de 2023, nota -se uma redução na base de clientes ativos de 12,1% em relação a junho de 2022 .
Diretores venderam R$ 244 mi em ações pré-fraude
Os ex-diretores da Americanas venderam cerca de R$ 244 milhões em ações da varejista ao longo do segundo semestre de 2022, pouco antes da revelação do escândalo contábil que abalou a empresa em janeiro deste ano. As informações foram divulgadas pela Coluna do Lauro Jardim, do jornal O Globo.
A cifra exata das vendas de ações feitas pelos ex-diretores veio à tona pela primeira vez desde a revelação do rombo contábil na empresa. Até então, apenas se sabia que os diretores haviam vendido os papéis, sem conhecimento dos valores envolvidos. Segundo as informações do de Jardim, o ex-CEO Miguel Gutierrez teria vendido R$ 156 milhões em ações da varejista. Além disso, Anna Saicali e Thimoteo Barros teriam realizado vendas de R$ 59 milhões e R$ 20.