A Americanas (AMER4) emitiu comunicado ao mercado na terça-feira (18) informando sobre seu desempenho de junho. A companhia reportou aumento de 18% em junho, na comparação com maio, totalizando R$ 1,8 bilhão.
Porém, na comparação com dezembro de 2022 — um mês antes da divulgação de “inconsistências contábeis”, — o caixa da companhia encolheu 61%. A varejista terminou o ano passado com R$ 4,62 bilhões em caixa, de acordo com o relatório.
O prazo de recebimento dos pagamentos feitos pelos clientes caiu de 40 dias em maio para 37 em junho. Em dezembro, antes do pedido de recuperação judicial, esse intervalo de tempo era de 56 dias. Já o prazo de pagamento dos fornecedores foi de seis dias, em média, no mês passado, ante quatro dias em maio. Em janeiro, esse prazo era de 124 dias, em média.
O documento elaborado pelos administradores judiciais indica ainda o fechamento de 50 lojas da varejista desde janeiro. Na época, havia 1.880 unidades, total que encolheu para 1.830 em junho.
Ainda segundo o relatório, a base de clientes ativos nos canais digitais da empresa também sofreu retração, tanto nos últimos 12 meses como na comparação com maio. Em junho, eram 43,6 milhões de clientes, contra 50,3 milhões em julho de 2022 e 44,2 milhões em maio deste ano.
Americanas nega recebimento de anuência para trocar de auditor
A Americanas informou que solicitou manifestação da PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes (PwC) sobre anuência para trocar o auditor independente da companhia, da PwC para a BDO RCS Auditores Independentes Sociedade Simples Limitada (BDO), mas que não recebeu resposta até a segunda-feira (17).
A varejista informou que, após uma decisão do conselho de administração em 27 de junho para mudar o auditor independente, a empresa enviou uma correspondência à PwC. Nessa correspondência, detalhou os motivos que levaram à tomada da decisão de substituir a PwC pelo novo auditor independente. No entanto, até o momento, não recebeu resposta em relação à solicitação.
“Desde então, a companhia e a PwC trocaram correspondências sobre o tema e a Americanas solicitou a manifestação da PwC sobre sua anuência, não tendo, contudo, recebido resposta até a presente data”, afirma comunicado ao mercado.
A Americanas ainda afirma que a decisão de substituir o auditor independente “não antecipa qualquer juízo de valor a respeito do trabalho da PwC até aqui, mas visa tão somente permitir que as demonstrações financeiras auditadas da Americanas sejam finalizadas e divulgadas adequadamente”.
Com isso, a BDO deverá realizar a auditoria das demonstrações financeiras referentes ao exercício de 2022, bem como o refazimento das demonstrações financeiras do exercício social de 2021. Além disso, a BDO será responsável pela revisão das demonstrações financeiras do exercício social que teve início em janeiro de 2023.