Mercado

Arezzo (ARRZ3) e Soma (SOMA3): especialista vê benefícios na fusão

Especialistas ouvidos pelo BP Money comentam a fusão anunciada nesta segunda (5)

Arezzo (ARRZ3) e Grupo Soma (SOMA3) oficializam a fusão, nesta segunda-feira (5). Com a união das duas, origininou um líder da moda com receita aproximada de R$ 12 bilhões, abrangendo 34 marcas e uma rede de mais de 2 mil lojas, incluindo unidades próprias e franquias. A especialista em mercado de capitais e sócia-fundadora da AVG Capital, Andressa Bergamo, destaca que, na sua visão, a fusão será benéfica para as duas empresas por se tratar de uma troca de equity entre elas visando um crescimento em conjunto. 

Nesse sentido, Andressa ressalta que a intenção de Alexandre Birman é ser o maior HOUSE OF BRANDS do Brasil. “A Arezzo tem muita expertise em varejo principalmente em Franchising, o Grupo Soma tem marcas grandes e com muito potencial como a HERING  e FARM que não tem tanta essa expertise e detém de um resultado abaixo da Arezzo”, afirma Andressa.

“Acredito também que para a operação do Grupo Soma, será um rumo ainda mais vantajoso dado que  a operação de varejo (moda) da Arezzo se destaca muito à frente nesse momento”, acrescenta a especialista.

Mercado de M&A em 2024

Para Ricardo Thomazinho, sócio e especialista em direito societário e empresarial no Urbano Vitalino Advogados, a perspectiva para o mercado de M&A em 2024 no Brasil é relativamente positiva. 

“Com a tendência de diminuição dos juros, aumenta o apetite de investidores em empreender e, com isso, aumentam as oportunidades de celebração de negócios entre empresas, inclusive fusões e aquisições”, explica.

“Por outro lado, o Brasil ainda tem a pecha de país burocrático e caro para fazer negócios, o que repele muitos investidores. Dependemos de avanços legislativos e de reformas fiscais que são e continuarão sendo lentas, com um Parlamento que tem dificuldade em conciliar os múltiplos interesses envolvidos”, completa.

Mesmo assim, Thomazinho destaca que, o País se beneficia de outros fatores, “especialmente num contexto de conflitos internacionais que acabam por redirecionar certos negócios ao Brasil, país com enorme mercado, mão de obra barata e relativa tranquilidade”. 

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