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Arezzo (ARRZ3) e Grupo Soma (SOMA3) confirmam fusão

Companhia alcançará um faturamento aproximado de R$ 12 bi, abrangendo 34 marcas e uma rede de mais de 2 mil lojas

A Arezzo (ARRZ3) e Grupo Soma (SOMA3) confirmaram ao mercado, na manhã desta segunda-feira (5) a fusão entre as duas companhias. A integração será efetuada por meio da incorporação do Grupo Soma pela Arezzo&Co.

Os acionistas da Arezzo&Co detêm 54% de participação, enquanto os acionistas do Grupo Soma possuem 46%. A denominação da nova empresa resultante ainda está pendente de definição.

Após a fusão, a empresa alcançará um faturamento aproximado de R$ 12 bilhões, abrangendo 34 marcas e uma rede de mais de 2 mil lojas, entre próprias e franquias.

Conforme o comunicado, os acionistas majoritários da Arezzo&Co e do Grupo Soma comprometeram-se a firmar um acordo de acionistas para regular “a participação conjunta nas deliberações sociais, a indicação igualitária de membros para o conselho de administração e a limitação da negociação de ações por um período determinado”.

A XP Investimentos desempenhou o papel de assessor financeiro nas operações das empresas. O Itaú BBA e o Bank of America (BofA) atuaram como assessores financeiros da Arezzo&Co, enquanto o J.P. Morgan desempenhou o mesmo papel para o Grupo Soma. A G5 Partners atuou como assessor financeiro dos acionistas majoritários do Grupo Soma.

Arezzo: Família Birman vende R$ 112 mi em ações em 2023

Ao longo de 2023, a família Birman, que detém o controle da Arezzo, realizou vendas de ações da empresa totalizando R$ 112,93 milhões. Essas transações ocorreram, em média, a cada quatro dias úteis e meio, totalizando 57 operações intermediadas por instituições como Santander (BCSA34), Credit Suisse e Itaú (ITUB4), conforme informações públicas enviadas pela empresa à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Esse movimento atraiu a atenção de gestores e investidores, levando alguns a questionar diretamente a diretoria de relações com investidores, conforme divulgado pelo Valor Econômico.

De janeiro a dezembro de 2023, a participação dos controladores foi diminuída em 1,5%, conforme indicado nos formulários mensais que detalham a posição consolidada dos acionistas, enviados à CVM. Durante esse período, o valor das ações diminuiu 15%, e considerando o acumulado dos últimos 12 meses até a presente data (15), a queda totaliza 19%.

O número de transações de venda realizadas pelos controladores em 2023 foi quatro vezes maior do que o registrado em 2022. Em termos de valores, a quantia envolvida nessas transações também foi quase quatro vezes superior ao total apurado no ano anterior, que foi de R$ 29,1 milhões.

Durante o ano de 2023, observou-se que apenas nos meses de fevereiro e novembro os membros da família não realizaram qualquer desinvestimento em participações da varejista. Em contraste, no ano de 2022, houve transações em seis meses diferentes.

Em dezembro, após a conclusão de um novo acordo de acionistas em maio, que envolveu a redistribuição das ações entre os filhos do fundador, e considerando as vendas de papéis, a participação conjunta dos seis membros da família totalizava uma fatia reduzida, correspondendo a 39,82% do capital. Por outro lado, os demais acionistas detinham 54,88% do capital, sendo a BlackRock detentora de uma participação de 5,1%.