Mercado

Auren (AURE3) reverte lucro e tem prejuízo de R$ 838,1 mi no 3T23

Lucro foi impactado pelo reconhecimento de IR/CSLL sobre a atualização do ganho relativo à indenização da UHE Três Irmãos

A Auren Energia (AURE3) apresentou ao mercado na noite de terça-feira (31), os resultados referente ao terceiro trimestre de 2023 (3T23). A companhia registrou prejuízo líquido de R$ 838,1 milhões, revertendo lucro líquido de R$ 230,1 milhões do mesmo período do ano passado.

Sendo assim, a Auren justifica que o lucro sofreu um impacto negativo devido ao “reconhecimento de IR/CSLL sobre a atualização do ganho relativo à indenização da UHE Três Irmãos, que totalizou R$ 912,4 milhões, dos quais R$ 608,7 milhões se referem a despesas correntes e R$ 303,7 milhões pela parcela dos tributos diferidos revertidos em função da compensação da base de cálculo”.

O Ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações), atingiu R$ 453,2 milhões, o que representa um aumento anual de 46,4%. Esse desempenho resultou em um aumento de 7,7 p.p. na margem Ebitda ajustada, alcançando 27,9%.

O aumento no Ebitda é atribuído à diferença nos períodos de recebimento de dividendos das empresas nas quais foram investidas e ao desempenho superior do segmento de comercialização.

A receita líquida, por sua vez, somou R$ 1,626 bilhão no terceiro trimestre deste ano, crescimento de 5,7% na comparação com o mesmo período no ano passado.

De acordo com a Auren, o aumento da receita é principalmente explicado pelo aumento de 34,9% no volume de energia negociado no período.

O lucro bruto atingiu a cifra de R$ 327,4 milhões no terceiro trimestre de 2023, um aumento de 7,4% na comparação com igual etapa de 2022. A margem bruta foi de 20,1% no 3T23, alta de 0,3 p.p. frente a margem do 3T22.

O lucro bruto atingiu R$ 327,4 milhões no 3T23, representando um crescimento de 7,4% em comparação com o terceiro trimestre de 2022. A margem bruta alcançou 20,1% nesse período, registrando um aumento de 0,3 p.p. em relação à margem do 3T22.

O resultado financeiro líquido ficou em território negativo, atingindo R$ 120,1 milhões no 3T23, representando um aumento de 126,4% em comparação com as perdas financeiras do mesmo período de 2022.

Em 30 de setembro de 2023, a Auren apresentava uma dívida líquida de R$ 1,308 bilhão, indicando uma redução de 53,8% em relação ao mesmo período de 2022.

O indicador de alavancagem financeira, calculado a partir da relação dívida líquida/Ebitda ajustado, situou-se em 0,7 vez em setembro de 2023, indicando uma redução de 1,3 p.p. em comparação ao mesmo período de 2022.

Dados operacionais da Auren

No terceiro trimestre, a usina hidrelétrica Porto Primavera aumentou sua geração de energia em 17,7%, alcançando a marca de 900,9 megawatts médios (MWmed), principalmente devido à melhoria nas condições de armazenamento nos reservatórios.

Por outro lado, a produção global das usinas eólicas registrou um crescimento de 13,9% no trimestre, impulsionado pela entrada em operação dos complexos Ventos do Piauí II e III. No entanto, ao desconsiderar o aumento na capacidade instalada, houve uma diminuição de 10,2%, devido às condições de vento menos favoráveis observadas.

A empresa destacou que seu desempenho foi pouco impactado pela falha no Sistema Interligado Nacional (SIN) ocorrida em agosto, com interrupção no fornecimento de energia em diversos Estados.

A capacidade instalada operacional da Auren totalizou 3,039 gigawatts (GW). Deste total, 2,057 megawatts (MW) são da fonte hídrica e outros 982 MW de eólicas, considerando o incremento de 9,3 MW dos complexos eólicos Ventos do Piauí II e III, em função da revisão da potência nominal dos aerogeradores de 4,4 MW para 4,5 MW, representando um aumento de 2,3%, ocorrida em 21 de agosto de 2023.