Pior saldo desde agosto

B3: estrangeiros sacaram R$ 11,36 bi em abril

Agora, as vendas de ações pelos estrangeiros superam as compras em R$ 34,26 bilhões, no acumulado deste ano

B3
Foto: Divulgação

Os investidores estrangeiros sacaram R$ 11,36 bilhões no segmento secundário (ações já listadas) da B3 (Bolsa de Valores) em abril, pior saldo mensal da categoria desde agosto de 2023.

Agora, as vendas de ações pelos estrangeiros superam as compras em R$ 34,26 bilhões, no acumulado deste ano.

As saídas líquidas estrangeiras têm crescido desde o início do ano, em meio à demora do Fed (Federal Reserve) em iniciar os cortes nas taxas de juros dos EUA.

Juros mais altos por mais tempos no país norte-americano atraem os investimentos, considerados mais seguros nos EUA, para lá.

Além disso, o cenário de incerteza interno devido à mudança na meta fiscal de 2025 e o possível impacto disso sobre a Selic também passaram a influenciar este cenário.

Especialistas ouvidos pelo BP Money analisaram os efeitos do PLDO (Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias) apresentado pelo Executivo com modificações nas metas fiscais. Segundo eles, a B3 (Bolsa brasileira) se tornou um “mar de monstros” para os investidores estrangeiros.

Na última quarta-feira (1), a agência de classificação de risco Moody’s elevou a perspectiva da nota de crédito do Brasil de “estável” para “positiva”, o que, segundo especialistas, contribui para uma visão melhor dos investimentos estrangeiros.

A agência, porém, manteve o nível Ba2, que indica um risco maior para investimentos estrangeiros, devido à solidez fiscal ainda relativamente fraca e a capacidade de pagamento da dívida, que permanece sensível a choques econômicos ou financeiros.

O investidor institucional, por sua vez, terminou abril com superávit de R$ 4,69 bilhões, enquanto o superávit anual alcançou R$ 6,24 bilhões. E o investidor individual fechou o mês com saldo positivo em R$ 4,12 bilhões e o superávit em 2024 para R$ 16,77 bilhões.

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