Mercado

Banco digital N26 anuncia fim das operações no Brasil

O N26 alega que a saída do mercado local está relacionada à decisão de focar em mercados europeus

O banco digital N26 irá encerrar suas operações no Brasil. Em comunicado publicado em seu site, a fintech escreveu que a saída do mercado local está relacionada à decisão de focar em mercados europeus.

“Neste momento, a N26 decidiu encerrar a operação no Brasil como parte da estratégia da empresa de focar nos mercados chave europeus”, afirma o texto.

O aplicativo da instituição irá funcionar até 7 de dezembro. Com isso, até lá, a empresa orienta que os clientes paguem as faturas em aberto dos cartões de crédito e retirem o saldo das contas.

Em nota divulgada ao mercado europeu, o banco N26 alegou que quer fortalecer a posição como o principal banco digital da Europa. “Versões piloto do produto brasileiro do N26 foram testadas com clientes selecionados através de uma lista de espera a partir de novembro de 2021, mas nunca foram lançadas para o público geral”, escreveu.

Segundo dados da consultoria SensorTower compilados pelo Bank of America (BofA), em setembro, o N26 tinha 49 mil usuários ativos no Brasil, um número 39% menor na comparação anual. No mundo, a fintech tem mais de 8 milhões de clientes, divididos entre 24 países. 

Nubank (ROXO34) ultrapassa 90 milhões de clientes na América Latina

O Nubank (ROXO34) informou em 25 de outubro que ultrapassou a marca de 90 milhões de clientes na América Latina. No segundo trimestre deste ano, a fintech registrou ser o principal banco de 60% dos seus clientes.

Somente no Brasil, o Nubank já soma cerca de 85 milhões de usuários. Nos últimos anos, a instituição financeira tem se expandido para o resto da América Latina e já soma mais de 5,2 milhões de clientes no México e na Colômbia.

Nubank (ROXO34) pode atingir US$ 100 bi em valor de mercado até 2026

O Nubank (ROXO34) pode crescer quase três vezes até 2026 e chegar ao valor de mercado de US$ 100 bilhões, segundo projeções de analistas do Morgan Stanley. Atualmente, a instituição é avaliada em cerca de US$ 36 bilhões.

Em relatório, o Morgan Stanley afirmou que o Nubank está no caminho para construir uma operação relevante e rentável no Brasil e que o negócio pode se tornar ainda maior, triplicando as receitas nos próximos cinco anos com “cross-selling” (venda cruzada) de produtos para a sua base de cliente “grande e fiel”.

Os analistas acreditam ainda que a instituição pode replicar, com sucesso, seu modelo de negócio no México e Colômbia, atingindo 45 milhões de clientes nos próximos cinco anos nas localidades e levando as receitas para um quarto do registrado no Brasil.

Para eles, a venda cruzada de produtos no Brasil, como crédito pessoal, consignado e “buy now, pay later” (ou compre agora, pague depois), pode desbloquear US$ 43 bilhões em valor de mercado. Já as operações no México e na Colômbia podem adicionar mais US$ 22 bilhões à conta até 2026.

O Morgan Stanley tem recomendação de compra para o Nubank e elevou o preço-alvo para o final de 2024 para US$ 16.