Banco do Brasil (BBAS3) tem alta de 28,9% no lucro do 1T23

O Banco do Brasil reportou lucro líquido ajustado de R$ 8,55 bilhões no primeiro trimestre de 2023

O Banco do Brasil (BBAS3) divulgou seu balanço do primeiro trimestre de 2023 nesta segunda-feira (15). A estatal reportou lucro líquido ajustado de R$ 8,55 bilhões entre janeiro e março deste ano, alta de 28,9% em relação ao mesmo período do ano passado. 

A margem financeira bruta, que mede o resultado com operações que rendem juros, totalizou R$ 21,2 bilhões no primeiro trimestre de 2023, crescimento de 38% na comparação anual.

As receitas de operações de crédito (+35,1%) e do resultado de tesouraria (+72,1%) também avançaram, impulsionadas pelos crescimentos de volumes e taxas da carteira de crédito e de títulos e valores mobiliários.

A receita financeira com operações de crédito totalizou R$ 32,304 bilhões no período. O resultado da tesouraria, por sua vez, foi de R$ 10,086 bilhões, baixa de 7,8% em um trimestre. Diferente dos seus pares do setor privado, o Banco do Brasil tem carteira de aplicações majoritariamente pós-fixada, o que tem garantido ganhos expressivos na tesouraria.

Já as despesas de captação comercial do banco público somaram R$ 18,073 bilhões nos primeiros três meses de 2023, alta de 3,1% em um trimestre.

Entre janeiro e março deste ano, o patrimônio líquido do banco estatal somou R$ 169,533 bilhões, alta de 10,8% em relação ao mesmo período de 2022.

O Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE, na sigla em inglês) ajustado foi a 20,8% no primeiro trimestre deste ano, alta de 2,9 pontos percentuais (p.p.) em base anual.

Em contrapartida, a provisão para perdas com empréstimos avançou 112,3% nos primeiros três meses deste ano, passando de R$ 2,76 bilhões no primeiro trimestre de 2022 para R$ 5,86 bilhões.

“No 1T23, mudanças societárias no controle acionário de cliente específico do segmento Large Corporate – setor agroindustrial, que teve processo de recuperação judicial homologado em 2019, ensejaram em mudança de perfil da dívida da companhia. Esta operação impactou os componentes da despesa de PCLD Ampliada (Risco de Crédito e Perda por Imparidade)”, escreveu o BB em comunicado.

No primeiro trimestre deste ano, o índice de inadimplência de operações vencidas há mais de 90 dias voltou a crescer, passando de 1,89% da carteira no início do ano passado para 2,62% ao final de março

O índice de cobertura do Banco do Brasil (relação entre o saldo de provisões e o saldo de operações vencidas há mais de 90 dias) foi de 202,7% no período.

BB (BBAS3): Galípolo assume presidência do Conselho de Administração

O Banco do Brasil (BBAS3) informou que o atual secretário-executivo do ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, foi eleito presidente do Conselho de Administração. O anúncio feito na última sexta-feira (12) ainda revelou que a procuradora da Fazenda Nacional, Anelize Almeida, também foi eleita pelo conselho para a posição de vice-presidente do colegiado.

Vale ressaltar que Galípolo foi indicado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para a diretoria de Política Monetária do BC (Banco Central). Galípolo disse à “Reuters” que, quando for nomeado para o Banco Central, ele deixará o conselho do Banco do Brasil. Sua nomeação ainda precisa ser formalizada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e posteriormente aprovada pelo Senado Federal.