BB (BBAS3): Credit Suisse corta recomendação de compra

Apesar disso, o Credit Suisse elevou o preço-alvo do BB para R$ 52,00

As ações do Banco do Brasil (BBAS3) tiveram sua recomendação de compra rebaixada para neutra pelo Credit Suisse. Apesar disso, o banco suíço elevou o preço-alvo da companhia de R$ 51,00 para R$ 52,00.

A revisão foi feita após a instituição financeira prever o começo de um processo de flexibilização monetária a partir do segundo trimestre de 2023. O Credit Suisse espera que os cortes da taxa de juros, atualmente em 13,75% ao ano, comecem em setembro, com a taxa indo para 12,5% e 10,5% ao final de 2023 e 2024, respectivamente.

“É importante observar que a intensidade do ciclo de flexibilização provavelmente dependerá da direção das contas públicas, sem falar nos possíveis impactos dos movimentos das taxas de juros nos países desenvolvidos”, pontuaram os analistas do banco.

O corte do Credit Suisse foi promovido principalmente por causa do valuation após uma alta de 35% no acumulado do ano e de um forte movimento de aceleração após fortes lucros desde dezembro de 2021. É esperado que os papéis do Banco do Brasil desacelerem por conta das taxas de juro mais baixas.

“O desconto relativo em P/BV ( ou P/VPA – Preço sobre o Valor Patrimonial por Ação) versus pares privados não parece tão atrativo após o desempenho superior no acumulado do ano, apoiando nossa nova recomendação neutra”, afirmaram.

Nesta segunda-feira (5), por volta das 15:20 (de Brasília), as ações do Banco do Brasil recuavam 0,16%, cotadas a R$ 44,80.

Banco do Brasil (BBAS3) teve alta de 28,9% no lucro do 1T23

O Banco do Brasil (BBAS3) reportou lucro líquido ajustado de R$ 8,55 bilhões no primeiro trimestre deste ano, alta de 28,9% em relação ao mesmo período do ano passado.

A margem financeira bruta do BB, que mede o resultado com operações que rendem juros, totalizou R$ 21,2 bilhões no primeiro trimestre de 2023, crescimento de 38% na comparação anual.

As receitas de operações de crédito (+35,1%) e do resultado de tesouraria (+72,1%) também avançaram, impulsionadas pelos crescimentos de volumes e taxas da carteira de crédito e de títulos e valores mobiliários.

A receita financeira com operações de crédito totalizou R$ 32,304 bilhões no período. O resultado da tesouraria, por sua vez, foi de R$ 10,086 bilhões, baixa de 7,8% em um trimestre. Diferente dos seus pares do setor privado, o Banco do Brasil tem carteira de aplicações majoritariamente pós-fixada, o que tem garantido ganhos expressivos na tesouraria.