O Bitcoin, maior e mais conhecido ativo do mercado de criptoativos, tem mostrado sua força nos últimos dias, surpreendendo até os investidores mais céticos.
Em uma semana de volatilidade marcada pela guerra comercial entre os EUA e a China, a criptomoeda viu seu valor subir incríveis 12%, enquanto os índices tradicionais como o S&P 500 e o Nasdaq ficaram para trás, com ganhos de 4,5% e 6,7%, respectivamente. E o ouro, conhecido por ser um ativo de proteção, registrou uma queda de 1%.
Em tempos de instabilidade global, como a guerra comercial e a alta incerteza econômica, o Bitcoin tem se mostrado mais resiliente do que muitos outros ativos.
Afinal, a moeda digital está cada vez mais se posicionando como uma verdadeira reserva de valor. Este movimento se intensifica à medida que o mercado observa sua crescente demanda, especialmente entre as grandes instituições financeiras.
Bitcoin como ativo de proteção
Diferente do que muitos pensam, o Bitcoin não é apenas um ativo de risco. Nos últimos tempos, ele tem mostrado características mais parecidas com as de um “refúgio seguro”, comportamento típico de ativos como o ouro.
A correlação do BTC com os índices do S&P 500 e Nasdaq tem variado, mas em períodos de incerteza, como o atual, a criptomoeda se destaca como uma opção para investidores que buscam segurança.
A alta volatilidade de um lado, e a busca por alternativas ao mercado tradicional do outro, fazem do Bitcoin uma escolha interessante.
Embora o ouro continue sendo considerado o ativo de proteção por excelência, a crescente adesão do BTC por grandes investidores institucionais pode acelerar essa transformação.
O cenário do mercado de criptoativos
Nos últimos sete dias, o Bitcoin alcançou uma impressionante valorização de 12%. Em contrapartida, o S&P 500 e o Nasdaq registraram ganhos modestos de 4,5% e 6,7%.
O ouro, tradicionalmente um ativo de proteção, surpreendeu com uma queda de 1% em meio à pressão dos mercados financeiros. No entanto, no acumulado do ano, a situação muda: enquanto o Bitcoin apresenta uma leve alta de 2%, o S&P 500 e o Nasdaq enfrentam perdas de 6% e 10%, respectivamente.
O ouro, por outro lado, segue como um dos grandes vencedores, com valorização de cerca de 25%.
Essa performance positiva do Bitcoin reflete um movimento crescente de compra por grandes empresas, com mais de 425 mil BTC retirados das exchanges desde novembro de 2024.
Este fenômeno pode indicar que as grandes corporações estão cada vez mais confiantes no futuro da criptomoeda e, com isso, a demanda institucional continua a pressionar os preços para cima.
A dinâmica de liquidez e a pressão de valorização no Bitcoin
O mercado de criptoativos, particularmente o Bitcoin, está vivendo um momento único. A quantidade de BTC disponível nas exchanges caiu para 2,6 milhões de unidades, o menor nível desde 2018.
Esse movimento de acumulação por parte das grandes empresas está resultando em uma pressão constante nos preços da moeda, à medida que a oferta se reduz. Além disso, as compras institucionais estão fazendo com que a liquidez diminua, o que, por sua vez, contribui para a valorização da moeda digital.
A expectativa é de que o Bitcoin continue a ter uma valorização sustentada, principalmente por conta da crescente adoção por parte das empresas listadas em bolsa.
Embora a volatilidade possa oferecer riscos, o cenário atual parece apontar para um ciclo de alta, sustentado pela demanda institucional.
Com todos esses fatores em jogo, o Bitcoin segue em uma trajetória de alta, mas o mercado ainda exige cautela. As análises técnicas indicam sinais de sobrecompra, como o Stochastic RSI e as Bandas de Bollinger, o que pode gerar uma correção de preços no curto prazo.
As resistências importantes ficam entre US$ 95.000 e US$ 96.500, onde pode ocorrer uma realização de lucros ou até mesmo um “bull trap” – armadilhas para investidores menos experientes. No entanto, o cenário geral ainda é de tendência altista, com o RSI e o MACD reforçando a visão positiva para o Bitcoin.
Caso o preço perca a linha de US$ 91.000, o BTC pode enfrentar correções para a faixa de US$ 85.000 ou até US$ 83.500. No entanto, o cenário macroeconômico, com a constante instabilidade geopolítica, pode continuar a apoiar o Bitcoin como uma escolha de investimento alternativa.