Bolsa de valores: gestores diminuem otimismo após 4 meses

Os gestores de fundos multimercados diminuíram o otimismo em relação aos ativos listados na bolsa de valores de São Paulo (B3), em novembro. A queda no grau de sentimento médio do mercado é a primeira depois de três meses seguidos de melhora. As informações são de um estudo feito com 44 gestoras de patrimônio pela Empiricus. As pesquisas foram realizadas dias depois da eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). As informações são do jornal “Valor Econômico”. 

Os gestores já demonstravam menos otimismo antes da queda de 5% do Ibovespa na semana passada. A queda ddo índice se deu, principalmente, por causa da percepção negativa do mercado em relação as declarações pró-gasto de Lula e às dúvidas sobre o tamanho da PEC de Transição. 

As falas de Lula, indica a pesquisa da Empiricus, estremeceram ainda mais a percepção do mercado em relação ao presidente eleito. 

Os níveis utilizados na pesquisa com os gestores foram: muito otimistas, otimistas, neutros, pessimistas ou muito pessimistas.

No geral, o mercado respondeu que está otimista. O nível de otimismo médio, entretanto, registrou queda frente a outubro, considerando as dúvidas em relação à economia e a possível interferência de Lula nas empresas estatais, que compõem a maior fatia do Ibovespa.

Economia e inflação também têm queda no otimismo

O grau de otimismo frente ao crescimento da economia e a inflação também diminuiu no mercado. Apesar de ainda estar otimista com os dois indicadores, o nível diminuiu em relação ao mês de outubro. 

Sobre as contas do governo, os gestores demonstraram pessimismo. O nível de pessimismo médio, inclusive, teve alta em relação ao mês anterior.

Parte do pessimismo do mercado para os indicadores econômicos está relacionado a apreensão frente a indefinição da equipe econômica e da responsabilidade do governo Lula, que entrará em vigor no dia 1 de janeiro de 2023.