Um fator curioso marca a produção de colheita de soja nos Estados Unidos: o ritmo, que até então vinha acompanhando o brasileiro, reduziu notavelmente em comparação com a última semana, quando avançou 6% e atingiu 79% da área.
Os produtores norte-americanos relatam que chuvas atrapalharam a colheita, que poderia estar passando a média histórica para o período de safra (de 81% a 83%) sem a ocorrência do fenômeno.
Apesar da situação inesperada, Vlamir Brandalizze, consultor, afirma que os sojicultores da maior economia do mundo devem ganhar terreno nos próximos dias, graças a boas expectativas de tempo desde domingo (31).
Mesmo assim, é preciso ficar atento, pois o frio pode ser mais um empecilho para a produção. As temperaturas estão reduzindo rapidamente no Corn Belt e o risco de nevascas passa a ser concreto.
Já no Brasil, a semeadura da soja está passando dos 60%. “Houve alguns problemas pontuais com chuvas e granizos, mas nada grave”, diz Brandalizze.
Esse resultado fica acima do ritmo normal de plantio do país, principalmente sobre o último ciclo, no qual o atraso foi expressivo diante da seca.
Mato Grosso, o campeão da soja, está em 87% de trabalhos concluídos; o vice, Paraná, em torno de 70%, estado no qual houve os problemas pontuais.
“A umidade do solo está boa e as chuvas mostram que esta semana não interromperá os trabalhos”, acredita o consultor.