Baixas na Bolsa

Braskem (BRKM5): ação bate mínima com rumores de Mantega no conselho

Mantega confirmou que, caso sua nomeação seja aprovada pelos acionistas da Braskem, ele aceitará o cargo indicado

Foto: Divulgação / Braskem
Foto: Divulgação / Braskem

Após a Bloomberg noticiar que, segundo Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda, ele estaria sendo sondado pelo governo para ocupar cargo no conselho da Braskem (BRKM5), as ações caem 1,32%, a R$ 18,65, na sessão desta segunda-feira (3), por volta das 15h30 (horário de Brasília). 

Mantega confirmou que, caso sua nomeação seja aprovada pelos acionistas da Braskem, ele aceitará o cargo indicado. 

“Eu fui sondado pela Casa Civil e me coloquei à disposição”, disse em entrevista. “Se acaso os acionistas e a Assembleia decidirem isso, então eu irei para o conselho da Braskem”, acrescentou.

Mantega já havia sido cogitado, no início do ano, para ocupar a presidência da Vale (VALE3), por indicação do presidente Lula (PT). Contudo, o movimento recebeu críticas de investidores e do alto escalão da empresa. 

Visão de Mantega sobre a economia brasileira

Para Mantega, o principal problema econômico do Brasil é a política monetária, considerada por ele “irracional”, que tem patrocínio de Roberto Campos Neto, presidente do BC (Banco Central). 

Bem como  a Selic (taxa básica de juros) mais alta que o essencial, o que aumenta os custos de financiamento das empresas. O ex-ministro comentou que a inflação está sob controle, então não havendo razão para a mudança do BC no ritmo de corte de juros.

O executivo foi ministro da Fazenda durante os governos anteriores de Lula e também no mandato de Dilma Rousseff. Na época, deu apoio a políticas fiscais anticlínicas, visando o fortalecimento da economia após a crise financeira que atingiu o mundo em 2007-2008, segundo o “InfoMoney”.

Mantega também tentou forçar uma queda nas tarifas de energia enquanto esteve na pasta, intervindo no setor.  

Braskem (BRKM5): indenização bilionária pode não ser paga

Embora tenha conseguido na Justiça a vitória sobre a Novonor em um processo por abuso de poder, a Braskem (BRKM5) não deve receber tão cedo a indenização bilionária.

Na avaliação do Bradesco BBI, há uma “baixa chance” de pagamento, dado a “situação financeira da Novonor”.

A ex-Odebrecht está em recuperação judicial desde 2020. À época, o pedido apontava um passivo de R$ 51 bilhões de reais sujeito ao concurso de credores.

Além da vitória judicial recente, há uma outra causa que corre na Justiça fluminense, que prevê pagamentos bilionários também. Ambas as causas devem totalizar R$ 16 bilhões em pagamentos a serem feitos à petroquímica.