Mercado

Braskem (BRKM5) firma com Vitol para compra de matéria-prima

A Braskem afirmou que o contrato integra parte ecossistema Wenew da companhia

A Braskem (BRKM5) comunicou ao mercado nesta terça-feira (12) que a Braskem B.V., subsidiária da companhia na Holanda, firmou contrato com a Vitol. A operação visa a compra de matéria-prima circular produzida pela WPU (Waste Plastic Upcycling), empresa que possui tecnologia própria para conversão de resíduos plásticos em matéria-prima.

Sendo assim, o acordo com a Braskem prevê que a Vitol fornecerá óleo de pirólise produzido através do processo de reciclagem química das instalações da WPU na Dinamarca.

Nesse sentido, a Braskem afirmou que o contrato integra parte ecossistema Wenew da companhia e “está alinhado à avenida de crescimento em reciclagem da Estratégia Corporativa da Braskem para 2030, que tem o objetivo de buscar alcançar 1 milhão de toneladas de resinas e produtos químicos com conteúdo reciclado até 2030”.

As ações da Braskem operam em queda de 0,43%, cotadas a R$ 23,28 nesta terça-feira (12) às 10h40 (horário de Brasília).

XP (XPBR31) reitera recomendação neutra

As ações da Braskem (BRKM5) receberam recomendação neutra da XP Investimentos (XPBR31). Em relatórios, os analistas da casa escreveram que paira um sentimento de incerteza em relação à possível venda da fatia da Novonor (antiga Odebrecht) na petroquímica.

Na avaliação da XP, contar com notícias positivas para a Braskem na área de fusões e aquisições “parece perigoso”, já que a saga da venda do controle acionário da Novonor dura mais de cinco anos.
Além disso, mesmo que ocorra uma transação, a avaliação da instituição financeira é que isso não necessariamente beneficiará os acionistas minoritários da Braskem.

Segundo a XP, além da incerteza da venda da fatia da Novonor, o desastre geológico ocorrido em Alagoas após exploração da Braskem na região é outro fator negativo, já que pode trazer mais prejuízos à companhia.

Ainda de acordo com os analistas da corretora, a demanda fraca vista no setor petroquímico global é mais um motivo para a cautela.

“As ações parecem baratas quando olhamos para o ciclo normalizado, mas com os resultados pressionados no curto prazo, é difícil imaginar os preços subindo de forma sustentável até que o ciclo se inverta”, disseram os analistas em relatório sobre a Braskem.