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Braskem (BRKM5): XP (XPBR31) reitera recomendação neutra

Segundo a XP, a Braskem passa por um momento de incertezas

As ações da Braskem (BRKM5) receberam recomendação neutra da XP Investimentos (XPBR31). Em relatórios, os analistas da casa escreveram que paira um sentimento de incerteza em relação à possível venda da fatia da Novonor (antiga Odebrecht) na petroquímica.

Na avaliação da XP, contar com notícias positivas para a Braskem na área de fusões e aquisições “parece perigoso”, já que a saga da venda do controle acionário da Novonor dura mais de cinco anos.

Além disso, mesmo que ocorra uma transação, a avaliação da instituição financeira é que isso não necessariamente beneficiará os acionistas minoritários da Braskem.

Segundo a XP, além da incerteza da venda da fatia da Novonor, o desastre geológico ocorrido em Alagoas após exploração da Braskem na região é outro fator negativo, já que pode trazer mais prejuízos à companhia.

Ainda de acordo com os analistas da corretora, a demanda fraca vista no setor petroquímico global é mais um motivo para a cautela.

“As ações parecem baratas quando olhamos para o ciclo normalizado, mas com os resultados pressionados no curto prazo, é difícil imaginar os preços subindo de forma sustentável até que o ciclo se inverta”, disseram os analistas em relatório sobre a Braskem.

Braskem (BRKM5) busca até US$ 1 bi para pagamento de dívidas

A Braskem (BRKM5) iniciou na última quarta-feira (6) as apresentações a investidores para lançar sua segunda emissão de dívida externa (“bonds”) do ano.

A companhia busca até US$ 1 bilhão com a oferta de títulos com prazos de sete anos, segundo fontes ouvidas pelo jornal “Valor Econômico”. Os recursos serão usados para fins corporativos gerais, incluindo a antecipação de dívidas.

Em fevereiro, a demanda de investidores estrangeiros pelos títulos da petroquímica superou os US$ 6,1 bilhões. Na ocasião, a Braskem levantou US$ 1 bilhão com um bond de dez anos. A taxa foi reduzida dos 7,75% iniciais para 7,25%.

Banco Citi, CrediAg, Itaú BBA, Morgan Stanley, Santander e SMBC Nikko são coordenadores da oferta da Braskem.