Mercado

Café com BPM: Futuros dos EUA sobem no último pregão de 2023

A expectaativa do mercade é de que o S&P 500 e o Dow Jones finalizem 2023 com aumentos significativos

Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, encerrou a quinta-feira (28) em queda de 0,01%, aos 134.185 pontos. Já o dólar comercial subiu 0,39%, cotado a R$ 4,85. O índice encerrou 2023 com saldo positivo. Levando em consideração o desempenho do principal marcador do mercado acionário nos últimos 12 meses foi registrado um acumúmulo de mais de 22% de alta, a maior desde 2019, último período antes da pandemia da Covid-19.

Além disso, as ações da Cemig (CMIG4) CVC (CVCB3) foram os destaques da última sessão do Ibovespa de 2023, realizada nesta quinta-feira (28). Enquanto e elétrica liderou os ganhos avançando 1,95%, a agência de viagens seguiu o caminho oposto, com queda de 12,71%, a mais acentuada do dia.

O desempenho das duas companhias foi afetado de formas opostas pelos anúncios que repercutiram ao longo do dia. O primeiro deles foi a divulgação dos dados de inflação mais fortes do que o esperado no Brasil, sobretudo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de dezembro.

EUA

Os futuros dos índices norte-americanos registram ganhos nesta sexta-feira (29), apontando para um encerramento do ano com resultados positivos. O S&P 500 está próximo de atingir um novo recorde, com menos de 0,5% de distância.

A expectaativa do mercade é de que o S&P 500 e o Dow Jones finalizem 2023 com aumentos significativos, acumulando altas de aproximadamente 24,6% e 13,8%, respectivamente.

O Nasdaq, destacando-se com um aumento de 44,2%, está prestes a encerrar o ano de 2023 como seu melhor desde 2003. Esse crescimento foi impulsionado pelo otimismo em relação às empresas de inteligência artificial e à recuperação das gigantes da tecnologia após os desafios enfrentados em 2022.

Além disso, os três principais índices estão encaminhados para a nona semana consecutiva de ganhos, evidenciando a retomada do mercado no final de 2023 após um terceiro trimestre difícil. O S&P registrou um aumento de 11,6% no trimestre, marcando um de seus melhores desempenhos em três anos.

Ásia

Os mercados asiáticos fecharam em território negativo, exceto na China, onde as empresas de tecnologia continuaram em ascensão.

A Xiaomi, empresa de eletrônicos da China, revelou planos para ingressar no mercado de veículos elétricos do país, resultando em uma queda de mais de 4% nas negociações da tarde em suas ações em Hong Kong.

Com um investimento superior a 10 bilhões de yuans (US$ 1,4 bilhão), a Xiaomi busca competir com gigantes automotivas como Tesla e Porsche, introduzindo um modelo de carro próprio.

Enquanto isso, o índice CSI 300 da China registrou uma queda de 11,8% no ano, contrastando com a queda de 14% do Hang Seng em 2023.

O Nikkei 225, no Japão, apesar de encerrar o dia com uma queda de 0,22%, alcançou um ganho de mais de 28% durante o ano, estabelecendo-se como o melhor desempenho entre os índices da Ásia.

Na Coreia do Sul, os mercados estavam fechados, com o Kospi fechando o ano com um crescimento de 18,7%.

O S&P/ASX 200 da Austrália encerrou 0,31% abaixo, encerrando duas sessões consecutivas de ganhos, mas ainda acumulando um aumento de 7,84% no ano.

Europa

As bolsas europeias mostram um cenário positivo nesta manhã de sexta-feira, marcando um desfecho favorável para um ano consistente.

O Stoxx 600 teve uma alta de 0,18% logo após a abertura, com todos os setores registrando ganhos, com exceção do setor de petróleo e gás, que caiu 0,2%. Espera-se um movimento de baixa no comércio, enquanto os mercados de Londres encerram mais cedo.

Os indicadores indicam que o Stoxx 600 pode ter um ganho superior a 12%, conforme apontam dados do LSEG, quase revertendo suas perdas do ano anterior.

Enquanto isso, o DAX da Alemanha registrou um aumento de quase 20%, apesar do contexto econômico desafiador do país. O CAC 40 da França e o FTSE 100 do Reino Unido tiveram ganhos de 16,3% e 3,64%, respectivamente.

Radar corporativo

O ano de 2023 foi desafiador para o setor varejista no Brasil, marcado por uma série de dificuldades que impactaram as operações das empresas. Rodrigo Negrini, especialista em finanças e CEO da Soul Capital, comentou sua visão sobre o desempenho do setor, destacando que, de forma geral, foi um ano difícil para as varejistas nacionais. Ele aponta problemas como a concessão de crédito, concorrência estrangeira, economia estagnada e custos instáveis, fatores que contribuíram para um cenário adverso. É o que aponta os especialistas em resposta ao BP Money, leia matéria na íntegra.