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Casino: dona do Pão de Açúcar tem rating rebaixado pela Fitch

A agência rebaixou rating da Casino de "CC" para "Default Restritivo"

O Casino, controladora do Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), sofreu mais um duro golpe nesta terça-feira (29). A agência de classificação Fitch rebaixou o rating de inadimplência do emissor de longo prazo em moeda estrangeira da Casino Guichard-Perrachon, de “CC” para “Default Restritivo”. O corte segue o fim do período de carência de 30 dias por um cupom com vencimento em 15 de julho, referente a notas no valor de 400 milhões de euros para 2026.

O grupo francês negocia uma reestruturação de dívida com credores sob intermédio da Justiça francesa, no processo conhecido como “procedimento de conciliação”.

A Fitch reconhece que a corte autorizou a suspensão do pagamento de diversas obrigações financeiras, mas diz que trata todas as faltas de pagamento como “inadimplência restrita” ao fim do intervalo de carência.

Em julho, a varejista recebeu duas ofertas rivais para injeção de capital. O grupo optou por firmar acordo com um consórcio liderado pelo bilionário tcheco Daniel Kretinsky, que prevê entrada de pelo menos 1,2 bilhão de euros na companhia. A Fitch, porém, explica que nem todos os credores deram aval à oferta.

As ações do GPA tiveram o segundo pior desempenho do Ibovespa desta terça, com recuo de 4,18% e cotação de R$ 5,27.

Casino próximo de dar calote, diz agência

No início de agosto, a agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P) rebaixou de CCC- para CC as notas de crédito do Casino. Segundo a agência, um calote é iminente.

No final de julho, o grupo fechou acordo preliminar com os credores para reestruturar uma dívida de € 6 bilhões (R$ 31 bilhões) e passou a ser comandando pelo bilionário tcheco Daniel Kretinsky, que substituiu Jean-Charles Nouri no comando da varejista francesa.

Na avaliação da S&P, o acordo fechado não é suficiente para resolver os problemas financeiros do Casino. O acordo prevê uma injeção de € 1,2 bilhão, mas analistas estimam que a rede precisa de algo entre € 2,5 bilhões e € 3 bilhões em dinheiro novo. O acordo converterá € 4,9 bilhões de dívida em ações. A expectativa é que até setembro o acordo final com os credores seja definido.

A S&P avalia que uma inadimplência do grupo francês pode acontecer pela falta de pagamento de juros da dívida. A agência manteve a perspectiva negativa para os ratings do Casino.

De acordo com a instituição, um rebaixamento para o nível D (calote) vai acontecer se o Casino prosseguir com a reestruturação financeira da forma como foi anunciada, ou se o grupo não honrar os compromissos financeiros segundo o cronograma original.

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