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Crédito: projeção para 2024 cai a 8,4%, segundo Febraban 

Cerca de 93,8% dos participantes da pesquisa, esperam ver alguma melhora do crédito para pessoa jurídica, no decorrer do deste ano

A Pesquisa de Economia Bancária e Expectativas da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), revelou que a projeção de crescimento da carteira de crédito total para 2024 caiu a 8,4%, ante 8,5% no levantamento anterior. 

A projeção para os recursos livres, que também caiu para 8,4%, foi o fator que puxou a queda dos números do crédito. Enquanto isso, entre os direcionamentos houve alta para 8,9%, o resultado anterior era 8,6%. 

Cerca de 93,8% dos participantes da pesquisa, esperam ver alguma melhora do crédito para pessoa jurídica, no decorrer do deste ano. Os dados chegaram a este patamar após o fraco desempenho de  2023, com crescimento apenas de 1,9%, de acordo com o Valor Econômico. 

Outros dados sobre crédito

A pesquisa da Febraban é realizada a cada 45 dias, depois que a Ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), é divulgada. 

“O resultado da pesquisa pode ser considerado positivo, pois consolida a percepção de que o mercado de crédito tende a apresentar uma evolução positiva em 2024, especialmente na carteira com recursos livres, mais sensível ao ciclo econômico. Além disso, cabe notar que, caso se confirme, a aceleração é mais expressiva do que aparenta, porque em termos reais, o crescimento do crédito sairia de cerca de 3,0%, em 2023, para 4,5% neste ano”, destaca Rubens Sardenberg, diretor de Economia, Regulação Prudencial e Riscos da Febraban.

Pela primeira vez, segundo o Valor, a  pesquisa captou as projeções de crédito em 2025. Ainda para o ano que vem, a expansão da carteira total esperada ficou em torno de 8,1%, alta de 8,6% na carteira livre e 8,0% na carteira direcionada. 

Outro resultado da pesquisa sobre o crédito foi quanto à taxa de inadimplência da carteira livre. Conforme a Febraban, a pesquisa mostrou uma leve alta na projeção para 2024, a 4,5%, de 4,6% antes. Enquanto que, para 2025, a estimativa ficou em 4,3%.