Gestora da Faria Lima

Manipulação na Bolsa: sócios da Forpus são acusados pela CVM

A suposta manipulação de preços incluiria as ações preferenciais da fabricante de compressores Schulz (SHUL4)

CVM acusa Forpus de manipulação de ações
Foto: Freepik

Os sócios Francisco de Andrade e Michel Shirozono, da gestora de ações paulistana Forpus Capital, foram acusados pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) de manipular preços de ações na Bolsa, como divulgou “O Globo” nesta quinta-feira (23).

Enquanto Andrade é CIO (diretor de investimentos) da gestora, Shirozono ocupa o cargo de gestor de portfólio. De acordo com a CVM a manipulação teria ocorrido entre 14 e 23 de março de 2023 e inclui ativos como as ações preferenciais da fabricantes de compressores Schulz (SHUL4).

No período, as ações da empresa tiveram uma queda acumulada de 10%. Mas os detalhes da suposta manipulação ainda não foram expostos. A Forpus disse, em comunicado enviado ao “Globo”, que a empresa e seus sócios nunca tinham sido alvos de processos da CVM e que sempre seguiram todas as normas.

De acordo com a gestora, as questões já estão sendo esclarecidas com os órgãos competentes.

Fundada em 2015 na avenida Faria Lima, na cidade de São Paulo, a Forpus tem R$ 400 milhões sob gestão em seus fundos. O principal fundo da gestora já rendeu 280% desde sua fundação. Porém, em 2024, teve uma queda de 20%, de acordo com a plataforma Mais Retorno.

Americanas aprova ação de responsabilidade civil contra ex-diretores por fraude

Durante assembleia geral ordinária realizada pelos acionistas da Americanas (AMER3) nesta quarta-feira (11), foi aprovado, por maioria, a abertura de ação de responsabilidade civil contra os ex-executivos envolvidos na fraude contábil revelada em janeiro de 2023.

Miguel Gomes Gutierrez, Anna Christina Saicali, José Timótheo de Barros e Márcio Cruz Meirelles, são os alvos da ação. Além dos prejuízos com as fraudes houve também outros “atos ilícitos praticados” durante o exercício social terminado em 31 de dezembro de 2022.

O resultado da assembleia da Americanas computou 139,8 milhões de votos a favor, outros 6,8 mil votos contrários e 5,4 mil abstenções. O mapa da votação ainda não foi publicado.

Anteriormente, as contas dos ex-administradores, relativas ao período encerrado em 31 de dezembro de 2022, foram rejeitadas, com 49,4 milhões de votos a favor, outros 594,2 mil contrários e 89,9 milhões de abstenções, incluindo os legalmente impedidos, sem reservas ou ressalvas, segundo o “Valor”.

Em paralelo a essa pauta, a maioria dos acionistas da Americanas também aprovou as contas finalizadas em 31 de dezembro de 2023, já quando os ex-diretores haviam deixado a empresa.

Um relatório de administração, sem ressalvas da BDO RCS Auditores Independentes, do relatório do parecer do conselho fiscal e do relatório do comitê de auditoria estatutário, acompanhou as demonstrações foram acompanhadas do relatório da administração. A apuração calculou um prejuízo de R$ 2,2 bilhões no período.