Muitos brasileiros ainda não sabem, mas podem ter dinheiro esquecido em bancos, cooperativas e até consórcios. O BC (Banco Central) alertou que ainda existem cerca de R$ 8,5 bilhões aguardando para serem recuperados nas instituições.
O resgate dos valores ainda é possível, porém o prazo acaba nesta quarta-feira (16), conforme anunciado pelo Ministério da Fazenda. As quantias não resgatadas até o prazo serão transferidos para o Tesouro Nacional.
O BC esclareceu, anteriormente, que o “dinheiro esquecido” são aqueles que não foram sacados ou utilizados por longos períodos. Esses valores podem estar relacionados a contas encerradas sem saque, tarifas cobradas indevidamente, cotas de cooperativas de crédito, saldos de consórcios extintos ou até mesmo saldo em contas pré-pagas ou pós-pagas encerradas.
Para conferir se há dinheiro esquecido, basta acessar o site do Sistema de Valores a Receber (SVR), preencher seus dados e verificar.
Vale a pena resgatar o dinheiro esquecido?
Na avaliação de Thaísa Durso, educadora financeira e analista da Rico, vale a pena fazer o resgate, mesmo que o valor seja pequeno, ele pode ter perdido poder de compra ao longo dos anos devido à inflação.
Com o dinheiro resgatado em mãos, a tentação de gastá-lo em algo imediato pode ser grande, mas a educadora indica que seja feito um planejamento antes disso. O melhor, segundo ela, é aproveitar a oportunidade para reavaliar seu orçamento e utilizar esses valores de forma responsável.
Além disso, pode ser uma boa interessante revisar o orçamento, pois saber quanto entra e quanto sai das suas finanças é essencial para decidir onde aplicar esse valor de forma eficiente.
Se houver dívidas, especialmente aquelas com juros altos, como cartão de crédito ou cheque especial, a prioridade deve ser quitá-las. Mas se as contas já estiverem em ordem, pode ser uma excelente oportunidade para investir e fazer esse dinheiro crescer.
Uma boa opção para quem quer segurança e liquidez, de acordo com Durso, é o Tesouro Selic, que acompanha a Selic (taxa básica de juros), garantindo um rendimento superior ao da poupança e mantendo o poder de compra ao longo do tempo.