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Dólar fecha a R$4,85, menor patamar desde agosto

É o menor valor de cotação da moeda americana desde o dia 2 de agosto, quando o papel fechou a R$ 4,80

O dólar manteve sua trajetória de queda nesta segunda-feira (20) e encerrou a sessão valendo R$ 4,85, um recuo de 1,05%. Este é o menor valor de cotação da moeda americana desde o dia 2 de agosto, quando o papel fechou a R$ 4,80. A mínima e máxima da sessão foram R$ 4,84 e R$ 4,90, respectivamente.

O otimismo vindo da China, que beneficiou moedas ligadas ao país e também divisas atreladas a commodities, pode explicar parte da valorização do real. Outro ponto importante é a demanda maior em leilão de títulos de longo prazo nos Estados Unidos deu espaço para depreciação global do dólar, beneficiando ainda mais a moeda brasileira.

No pregão, os investidores repercutiram novas projeções contidas no boletim Focus, que projetou diminuição do IPCA para o 2023 de 4,59% na semana anterior para 4,55%, enquanto a previsão da inflação para 2024 teve uma leve redução de 3,92% para 3,91%, interrompendo uma sequência de três semanas de alta.

Ibovespa supera os 126 mil pontos, maior número em dois anos

O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, superou os 126 mil pontos no pregão desta segunda-feira (20), o maior número em pouco mais de dois anos. A última vez que o índice atingiu o patamar foi no dia 26 de julho de 2021, quando fechou em 126.003 pontos.

Com o desempenho, a bolsa também bateu o recorde de 2023, registrado na última sexta-feira (17), quando atingiu os 124.773 pontos.

Parte da alta expressiva é atribuída ao rali de Wall Street, que encontra respaldo em perspectivas de um resfriamento da economia norte-americana, com reflexos na inflação, que permitirá ao FED (Federal Reserve) encerrar o ciclo de alta dos juros nos Estados Unidos.

Outro fator que pode explicar os ganhos é a reação do mercado ao anúncio do Boletim Focus divulgado pela manhã. A projeção do IPCA para o ano atual diminuiu de 4,59% na semana anterior para 4,55%, enquanto a previsão da inflação para 2024 teve uma leve redução de 3,92% para 3,91%, interrompendo uma sequência de três semanas de alta.

Além disso, o índice conta com a ajuda da alta das ações das petrolíferas. As ações preferenciais da Petrobras (PETR4) operam em alta de 0,93% nesta segunda-feira (20), às 15h45 (de Brasília), cotadas a R$ 37,05. Além da estatal, outras petroleiras, como Prio (PRIO3) e 3R Petroleum (RRRP3), sobem neste pregão.

O avanço das petrolíferas acontece por conta dos ganhos dos contratos futuros de petróleo, com especulações sobre eventual medida da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) para equilibrar mais o mercado.