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Ibovespa supera os 126 mil pontos, maior número em dois anos

A última vez que o índice atingiu o patamar foi no dia 26 de julho de 2021, quando fechou em 126.003 pontos

O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, superou os 126 mil pontos no pregão desta segunda-feira (20), o maior número em pouco mais de dois anos. A última vez que o índice atingiu o patamar foi no dia 26 de julho de 2021, quando fechou em 126.003 pontos.

Com o desempenho, a bolsa também bateu o recorde de 2023, registrado na última sexta-feira (17), quando atingiu os 124.773 pontos.

Parte da alta expressiva é atribuída ao rali de Wall Street, que encontra respaldo em perspectivas de um resfriamento da economia norte-americana, com reflexos na inflação, que permitirá ao FED (Federal Reserve) encerrar o ciclo de alta dos juros nos Estados Unidos.

Outro fator que pode explicar os ganhos é a reação do mercado ao anúncio do Boletim Focus divulgado pela manhã. A projeção do IPCA para o ano atual diminuiu de 4,59% na semana anterior para 4,55%, enquanto a previsão da inflação para 2024 teve uma leve redução de 3,92% para 3,91%, interrompendo uma sequência de três semanas de alta.

Além disso, o índice conta com a ajuda da alta das ações das petrolíferas. As ações preferenciais da Petrobras (PETR4) operam em alta de 0,93% nesta segunda-feira (20), às 15h45 (de Brasília), cotadas a R$ 37,05. Além da estatal, outras petroleiras, como Prio (PRIO3) e 3R Petroleum (RRRP3), sobem neste pregão.

O avanço das petrolíferas acontece por conta dos ganhos dos contratos futuros de petróleo, com especulações sobre eventual medida da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) para equilibrar mais o mercado.

Recorde

Analistas acreditam que o Ibovespa pode quebrar o recorde histórico e superar os 130 mil pontos em curto prazo. A marca pertence, atualmente, ao fechamento de 7 de junho de 2021, quando o índice cravou 130.776 pontos.

Segundo Gilberto Coelho, analista de ações da XP, o Ibovespa está em tendência de alta pelas médias de 21 e 200 dias e superou a resistência nos 123.000, projetando teste dos 131.190, em topo histórico, ou 139.000 por projeção de Fibonacci.

“Isso abre espaço para uma nova perspectiva nessa reta final do ano. O famoso rali de fim de ano está em curso e tem como objetivo criar condições para o mercado buscar a máxima histórica em 131 mil pontos em 2024”, afirmam Fábio Perina, Lucas Piza e Igor Caixeta, que assinam o relatório do Itaú BBA.