Mercado

Educação deve seguir em alta na Bolsa

Em 2023, a Yduqs foi a empresa do setor que registrou maior alta no Ibovespa, com 123,19%, seguido pela Cogna, com alta de 64,62%

As ações do setor de educação fecharam 2023 com bom desempenho na Bolsa de Valores, e analistas esperam que continuem subindo em 2024. No ano passado, a Yduqs (YDUQ3) foi a empresa do setor que registrou maior alta no Ibovespa, principal índice do mercado acionário Brasileiro, com alta de 123,19%, seguido pela Cogna (COGN3), com alta de 64,62%. 

De acordo com apuração da Folha de S. Paulo, outras empresas que operam fora do Ibovespa,  a Ser Educacional (SEER3), a Cruzeiro do Sul (CSED3) e a Ânima (ANIM3) conseguiram retornos de 75,84%, 47,90% e 15,54%, respectivamente. 

“O setor de educação brasileiro emergiu como um dos melhores desempenhos na Bolsa de Valores do país no ano passado. Inicialmente, as expectativas de incentivos governamentais para o ensino superior despertaram o entusiasmo dos investidores. Embora essas mudanças não tenham se materializado, os resultados operacionais começaram a melhorar”, dizem analistas do Itaú BBA.

Ainda de acordo com a instituição, as tendências são positivas no setor de educação em geral. De acordo com o veículo, a maioria das empresas da área mostraram melhora operacional. Nessa linha, o ciclo de crescimento no ensino à distância auxiliou os negócios. 

Fortalecimento da Educação

O BBA também diz ver como positivo o fortalecimento da geração de caixa das empresas do setor. Além disso, esclarece também que o cenário financeiro combinado com juros baixos no futuro deve aumentar o dinamismo dos lucros do setor em 2024. Mas esse patamar positivo chega após desgastes vividos pelo setor. 

É o que aponta Gilberto Nagai, da SulAmérica Investimentos, que afirma que as empresas de educação sofrem desde 2015, quando  ocorreram mudanças que tornaram os critérios de concessão de recursos do Fies mais rígidos, por isso, as ofertas de vagas de ensino pelas empresas ficam mais limitadas. 

Em seguida, em 2020, a pandemia da Covid-19 diminuiu o número de matrículas e desencadeou perdas. Contudo, 2023 foi o ponto de virada, segundo a Folha, com o início do ciclo de corte de juros, que aliviou o endividamento das grandes empresas de educação.