
A divulgação do token da “super cana” do empresário Eike Batista estaria sendo analisada pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários), de acordo com apuração do “Pipeline”.
“O assunto objeto de sua demanda está sendo analisado nesta Autarquia. A CVM não comenta casos específicos”, disse o órgão ao “Crypto Times”. Com a análise, seria possível uma oferta irregular de tokens que podem ter características de valor mobiliário.
À época do lançamento do token, o CEO da BRXd e sócio de Eike Batista, Luis Rubio, afirmou que o lançamento do token seria para captar dinheiro e criar um módulo adicional de 70 mil hectares, segundo o “Money Times”.
“A ‘super cana’, diferentemente da cana convencional, que tem como objetivo principal a produção de açúcar, foca também na produção de biomassa. Essa biomassa extra nos permite criar embalagens que substituem o plástico. O projeto deve começar a gerar receita em 2028”, disse Rubio.
Sendo assim, a análise que a CVM estaria fazendo sobre o token de Eike Batista neste momento não significa uma acusação, apenas que o assunto está em análise de informações. No entanto, o tema pode evoluir para uma investigação, sanção e punição dos envolvidos, eventualmente.
Eike Batista lança criptomoeda para apoiar expansão da ‘supercana’
O empresário Eike Batista, ex-bilionário que já esteve entre os mais ricos do planeta, anunciou o lançamento de uma criptomoeda batizada com seu nome.
O token EIKE tem como objetivo atrair investimentos para viabilizar a produção em grande escala da “supercana”, uma variedade geneticamente modificada de cana-de-açúcar desenvolvida pela empresa Brazil Renewable X (BRXe).
De acordo com seus criadores, essa inovação permitiria um aumento de até três vezes na produtividade de etanol por hectare e geraria até 12 vezes mais biomassa.
Esse lançamento acontece dentro de um contexto de um investimento de US$ 500 milhões já garantido pelo grupo Brasilinvest, de Mário Garnero, com o apoio de fundos dos Emirados Árabes Unidos e dos EUA.
O capital será destinado à expansão da supercana para 70 mil hectares e à construção de três novas unidades de moagem no estado do Rio de Janeiro, nas proximidades do Porto do Açu.