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Eletrobras (ELET3) deve pagar dividendos maiores em 2024, diz Citi

O Citi recomenda a compra dos papéis da Eletrobras

Em novo relatório sobre as ações da Eletrobras (ELET3;ELET6), o Citi recomendou a compra dos papéis da companhia elétrica, reiterando preço-alvo de R$ 51,00. Segundo projeções dos analistas da casa, a empresa de energia deve criar uma política de proventos e remunerar seus acionistas de forma robusta em 2024.

“Vemos o earnings yield médio da empresa entre 2025 e 2027 em 17,8%. E mesmo se usarmos um preço de R$ 90/MWh para o preço da energia, o earnings yield seria de 14%,” estimou o Citi sobre a Eletrobras.

“Se o dividend yield se aproximar do earnings yield que esperamos, achamos muito provável que a ação performe bem”, acrescentou.

Além disso, a equipe do banco destacou a geração e os preços implícitos de energia, pontuando que o negócio de geração garante uma melhor proteção contra a inflação se comparado aos demais nichos de energia elétrica – como transmissão e distribuição.

“Geração, na nossa visão, é um mix de infraestrutura tradicional/utility com um negócio de commodities. E como todo player de commodity, o ideal é que o risco da commodity seja assimétrico”, afirmou.

Eletrobras (ELET3): ministro do TCU e AGU criticam privatização

O vice-presidente do TCU (Tribunal de Contas da União), ministro Vital do Rêgo, afirmou na segunda-feira (30), no Fórum BNDES de Direito e Desenvolvimento, que o processo de privatização da Eletrobras (ELET3;ELET6) foi “mal feito”.

“O que me interessa é dizer se ela (desestatização) foi mal feita ou foi bem feita”, afirmou. Ele frisou que o tribunal cumpre metas e prazos em suas avaliações. “Temos prazo para entregar relatório pronto, 90 dias.”

Também participante do evento no Rio, o advogado-geral da União, Jorge Messias, disse que, no governo anterior, houve uma redução irracional do tamanho do Estado brasileiro. De acordo com o advogado-geral da União, há dois tipos de risco no desafio de desenvolvimento: de um lado, apostar tudo numa aceleração, sem levar em conta as consequências e de outro a precaução absoluta, sacrificando o desenvolvimento.

“O governo anterior trouxe ambos os riscos e ainda favoreceu uma ampla agenda de degradação ambiental”, afirmou Messias. “Por isso, o Brasil tem um desafio ainda maior que o de outros países.”
Ele criticou ainda o processo de privatização conduzido no governo de Jair Bolsonaro, chamando a iniciativa de “no mínimo questionável”, e citou a Eletrobras: “não vamos abrir mão do papel da propriedade da União naquela empresa”.

Para ele, a condução das empresas estatais deve ser realizada em linha com os anseios da maior parte da população, inclusive nas empresas estatais.

Messias reforçou ainda o papel da Advocacia-Geral da União para eliminar a insegurança jurídica, citando medidas da atual gestão para reduzir o estoque de processos aguardando apreciação. “A litigância é irmã gêmea da insegurança jurídica.”