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Facebook e Instagram devem cobrar por versão sem anúncios

A opção seria apenas para o mercado europeu, local onde a Meta sofre com a pressão regulatória

A Meta (META34) pode lançar um plano de assinaturas para acabar com publicidades nos Instagram e Facebook, conforme publicado pelo jornal americano “The New York Times”. De acordo com a publicação, a opção seria apenas para o mercado europeu, local onde a Meta sofre com a pressão regulatória por conta da GDPR, uma espécie de Lei Geral de Proteção de Dados. Assim, a empresa diminuiria a acusação de uso indevido de dados de usuários.

Segundo fontes ouvidas pelo jornal, mesmo com as opções sem anúncios – que não usariam dados dos usuários para direcionar publicidade personalizada -, a Meta continuaria oferecendo as versões gratuitas dos apps para a União Europeia.

Também não se sabe qual seria o valor da assinatura. Atualmente a companhia de Mark Zuckerberg tem um plano chamado Meta Verified, que permite que usuários paguem pela verificação das contas e por ferramentas extras. O plano custa R$ 45 mensais se for adquirido pela web, e R$ 55 mensais se for adquirido pelo aplicativo.

Em maio deste ano, a Meta foi multada em 1,2 bilhão de euros (cerca de R$ 6,5 bilhões) pela União Europeia por envio de informações de usuários aos EUA, em uma punição recorde do bloco em assuntos de privacidade. A acusação era a de que a companhia vem, há anos, armazenando dados de usuários europeus de forma ilegal em seus servidores americanos.

Com isso e outras queixas já declaradas pela UE, a Meta tenta burlar as punições da GDPR e ainda manter seu público – e a receita – vinda dos usuários europeus. Mas reflexos já são observados na diferença dos produtos da empresa no velho continente e no restante do mundo: a rede social mais recente de Zuckerberg, o Threads, criado para competir com o X (ex-Twitter), não foi lançado na UE e não tem previsão para chegar aos países do bloco.

Meta reporta crescimento de 16% no 2T23

Detentora do Faceboook e Instagram, a Meta, reportou o seu resultado no segundo trimestre de 2023 no final de julho e o desempenho surpreendeu as expectativas.

A gigante da tecnologia teve lucro líquido de US$ 7,788 bilhões no 2T23, valor que representa um crescimento de 16% em relação ganho de US$ 6,687 bilhões registrado no mesmo período de 2022.

Já a receita da big tech foi de US$ 32 bilhões nos três meses encerrados em junho, uma alta de 11% ante receita de US$ 28,8 bilhões no segundo trimestre de 2022. Os analistas haviam previsto US$31,2 bilhões.

A média de número de usuários ativos do Facebook subiu 5% em junho, a 2,06 bilhões. As impressões visualizações de anúncios subiram 34% no trimestre, na comparação anual, enquanto o preço médio por anúncio caiu 16%.

As ações fecharam com alta de 1,39%, a US$ 298, mas subiam mais de 4% no after market, após a divulgação do resultado.