Funcionários da Starbucks (SBUB34) fazem greve nos EUA

Mais de 100 lojas da Starbucks foram afetadas por causa da greve

Funcionários da Starbucks (SBUB34) nos EUA realizaram greves em mais de 100 lojas nesta sexta-feira (18). Segundo o sindicato que representa a categoria, o movimento, que conta com quase 2 mil pessoas, reivindica melhores salários, benefícios e condições de trabalho.

A paralisação dos colaboradores coincide com uma data comemorativa do Starbucks, denominada “Red Cup Day”. No calendário anual, esse é o dia em que a cafeteria distribui copos vermelhos para marcar o período festivo do final de ano.

“Estamos nos organizando para ter uma voz no trabalho e um verdadeiro assento à mesa”, afirmou Michelle Eisen, funcionária de uma loja em Nova York, ao “The Wall Street Journal”..

Segundo o mapa da Starbucks Workers United (União dos Trabalhadores da Starbucks), 114 pontos registram paralisações. A greve se concentra nos estados do leste norte-americano, mas há outros pontos no oeste e sul do país.

Starbucks enfrenta sindicalização de funcionários

Nos últimos meses, a Starbucks está vendo uma sindicalização em velocidade acelerada dos funcionários, que querem negociar acordos coletivos pela primeira vez. É estimado que ao menos 300 unidades em mais da metade dos estados norte-americano já tenham conduzido eleições para formar um corpo sindical.

Apesar do baixo percentual, visto que a companhia tem nove mil lojas em território norte-americano, tal movimento tem se mostrado como um problema para a Starbucks. Há um ano atrás, nenhuma unidade registrava funcionários sindicalizados.

Neste contexto, a Starbucks montou uma verdadeira estrutura de guerra contra os sindicatos. Há relatos de comunicados internos que divulgam mensagens antissindicais, aumento de benefícios para lojas que não façam a adesão sindical e até demissão de trabalhadores que sejam identificados como líderes sindicais.

O Conselho Nacional de Relações Trabalhistas (NLRB, na sigla em inglês) tem investigado mais de 325 ações de causas trabalhistas apresentadas pelos sindicatos. 

Em resposta, a Starbucks negou as acusações e disse que respeita o direito constitucional de manifestação. 

“Respeitamos o direito dos nossos parceiros de se organizarem, mas acreditamos que o melhor futuro é criado diretamente com parceiros e não com terceiros”, afirmou Reggie Borges, porta-voz da Starbucks.