Balanço de resultados

Gerdau (GGBR4): lucro despenca 55,9% no 2TRI24, a R$ 945 mi

Segundo a empresa, a pressão sobre preços e volumes do aço, com a concorrência chinesa e desvalorização do real, explicam piora

Gerdau
Foto: Divulgação

A Gerdau (GGBR4) reportou um lucro líquido de R$ 945 milhões no segundo trimestre de 2024, uma queda de 55,9% em comparação ao mesmo período de 2023. A produtora de aço relatou que a diminuição no lucro é devido à pressão sobre preços e volumes de venda.

A empresa reportou um Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) ajustado de R$ 2,624 bilhões para o período, o que representa um recuo de 30,8% em relação ao 2TRI23. A margem Ebitda ajustada foi de 15,8%, mostrando uma redução de cinco pontos percentuais.

A Gerdau explicou que a diminuição foi reflexo dos menores preços e volumes de vendas, com a competição com o aço chinês ainda pesando, o aumento nos custos de matérias-primas (minério e carvão) e às despesas relacionadas à hibernação de plantas para readequação da capacidade produtiva.

A receita líquida alcançou R$ 16,616 bilhões, diminuindo 9% comparado ao 2T23, também com menores preços e volumes.

O relatório indica que as despesas com vendas, gerais e administrativas caíram 5,6% no ano, para R$ 531 milhões – em parte, porém, por conta dos menores volumes vendidos.

Gerdau (GGBR4): aumento nas perdas foi de 41,2% na comparação anual

O resultado financeiro da Gerdau no 2TRI24 foi negativo em R$ 597 milhões, representando um aumento nas perdas de 25,6% em relação ao 1TRI24 e de 41,2% comparado ao 2TRI23.

A empresa atribuiu o agravamento desse resultado principalmente ao impacto da desvalorização do real frente ao dólar, que afetou as operações no exterior, e aos ajustes por inflação sobre os itens não monetários das controladas na Argentina.

Quanto ao endividamento, a dívida líquida sobre Ebitda ajustado finalizou o trimestre em 0,53x. A dívida bruta foi de R$ 12,581 bilhões, um aumento de 14% em relação ao trimestre anterior, impactada pela emissão de debêntures e pela variação cambial.

A administração da Gerdau reiterou a estratégia de otimização dos ativos no Brasil e destacou a aprovação de dividendos e um novo programa de recompra de ações como indicativos de confiança na gestão financeira da empresa.

Ademais, a empresa afirmou estar ajustando sua estrutura para enfrentar o cenário global desafiador do setor de aço, com foco na segurança das operações e no desenvolvimento sustentável.

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