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GPA (PCAR3): ações disparam e fecham com alta de 8%

Os papéis da empresa avançaram 8,38%, com cotação de R$ 3,59

As ações do Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), foram um dos destaques da sessão do Ibovespa desta terça-feira (31). Os papéis da empresa avançaram 8,38%, com cotação de R$ 3,59. Ao longo do mês de outubro, as ações da varejista fecharam com alta de 3,42%.

A disparada desta terça é consequência dos resultados obtidos pela companhia no terceiro trimestre de 2023. O GPA reportou prejuízo líquido consolidado de R$ 1,285 bilhão, alta de 426% em relação ao mesmo período do ano passado.

O prejuízo líquido dos acionistas controladores consolidado, por sua vez, somou R$ 1,295 bilhão, um valor mais de quatro vezes maior (+337,3%) do que o registrado no mesmo período de 2022.

Já o lucro líquido controladores – operações continuadas – totalizou R$ 809 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 229 milhões no mesmo período do ano passado.

No terceiro trimestre deste ano, a receita líquida do GPA reportou um avanço anual de 9,7%, para R$ 4,742 bilhões.

De acordo com o CEO da companhia, Marcelo Pimentel, o compromisso da administração é com a redução da dívida líquida e a desalavancagem da companhia. A afirmação foi realizada na teleconferência para comentar os resultados, com participação também de Rafael Russowsky, CFO do GPA.

O executivo comentou que a venda de ativos será voltada para pagamento de dívidas. “A gente espera, nos próximos trimestres, poder pagar dívidas mais estruturais, nossa intenção não é ficar sentado em cima de um caminhão de liquidez”, afirma o CFO do GPA, considerando avanço em vendas de ativos, como sua participação no Grupo Éxito.

GPA: Bradesco BBI corta recomendação de compra

Recentemente, as ações do GPA tiveram sua recomendação de compra rebaixada para neutra pelo Bradesco BBI (BBDC4). Além disso, o banco cortou o preço-alvo da varejista de alimentos de R$ 11,00 para R$ 4,50.

Em relatório, os analistas justificaram que a lenta recuperação das vendas do GPA e a fraca recuperação das margens ainda são insuficientes para melhorar a alavancagem operacional.

“Introduzimos uma visão mais cautelosa sobre a recuperação do Ebitda [lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações, na sigla em inglês], à medida que reduzimos nossa margem estimada para 2024 para cerca de 7%, de 8% (orientação para o final de 2024)”, avaliaram.

Os analistas enxergaram como positiva a monetização contínua de ativos não essenciais, incluindo a venda da participação restante de 13% no Éxito por R$ 790 milhões, anunciada em 16 de outubro.

No entanto, a equipe do Bradesco BBI também estimou que a alavancagem financeira do GPA deverá permanecer em um nível relativamente alto de 4,2 vezes a dívida líquida/Ebitda ajustado para 2024.