Mercado

Haddad diz que câmbio vai se acomodar com ações do governo

Para Haddad, esse movimento tende a se estabilizar, por “tudo o que o governo está fazendo”

Foto: Valter Campanato / Agência Brasil
Foto: Valter Campanato / Agência Brasil

Fernando Haddad (PT), ministro da Fazenda, afirmou nesta quarta-feira (3) que as oscilações cambiais, devido às dúvidas do mercado sobre a sustentabilidade da dívida pública brasileira, vão ser “acomodadas”.

Para Haddad, esse movimento tende a se estabilizar, por conta de “tudo o que o governo está fazendo” e “entregando”.

“A diretoria do BC tem autonomia para atuar quando entender conivente. O câmbio vai acomodar, vai acomodar por tudo que estamos fazendo e entregando”, disse o ministro durante o lançamento do Plano Safra da Agricultura Familia, de acordo com o “Valor”.

Haddad também reiterou o compromisso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o fiscal.  “O compromisso fiscal é um compromisso de vida toda do presidente”, explicou. 

O mandatário da Fazenda negou saber sobre qualquer proposta de alteração nos mandatos de presidente do BC (Banco Central). 

“Depois que eu apresentar a Lula proposta sobre gastos falo a vocês”, disse Haddad sobre a reunião que terá com Lula, ainda nesta quarta-feira.

 Haddad atribui alta do dólar a ‘ruídos’ 

No dia em que o dólar atingiu R$ 5,65, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a recente valorização da moeda americana é influenciada, entre outros fatores, pela comunicação do governo. 

“Apesar da desvalorização ter acontecido no mundo todo, de uma maneira geral, aqui aconteceu uma coisa que foi maior do que nos nossos pares. Atribuí isso a muitos ruídos. Eu já falei isso no Conselhão, precisamos comunicar melhor os resultados econômicos que o País está atingindo”, afirmou na última segunda-feira (1º) a jornalistas.

Segundo Haddad, a taxa de câmbio deve se estabilizar à medida que as decisões sobre os gastos do governo forem finalizadas. “Acredito que haverá uma acomodação, pois quando esse processo se concluir, a tendência é que a alta do dólar se reverta”, explicou. 

Quando questionado sobre a possibilidade de intervenção no câmbio, Haddad destacou que essa responsabilidade cabe ao Banco Central, e não à Fazenda.

“Eles lá é que sabem quando e como fazer, é um assunto que cabe a eles decidir. Sempre é possível (intervir no câmbio), porque está na governança do Banco Central agir quando necessário. Se vai ser necessário ou não, compete à diretoria do BC julgar”, declarou.