Discussões do governo

Haddad diz que levará a Lula propostas sobre revisão de despesas

Ministro indicou que a área técnica do ministério está discutindo vários cenários, sem especificar quais medidas específicas poderiam estar em análise

Fernanda Haddad, ministro da Fazenda
Fernanda Haddad, ministro da Fazenda / Foto: reprodução/Marcelo Camargo

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou, nesta terça-feira (11), que apresentará propostas de revisão de gastos públicos ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante as discussões do governo sobre o Orçamento de 2025.

Em entrevista à imprensa, o ministro indicou que a área técnica do ministério está discutindo vários cenários, sem especificar quais medidas específicas poderiam estar em análise.

“Por ocasião da discussão do Orçamento, vamos levar algumas propostas ao presidente, que pode aceitar ou não, dependendo da avaliação que ele fizer”, afirmou o ministro.

Haddad defende taxar super-ricos para financiar luta climática

Fernando Haddad, ministro da Fazenda, defendeu de taxar os super-ricos para financiar ações de combate às mudanças climáticas.

“Suponha que o que aconteceu no Rio Grande do Sul aconteça num país de mesma dimensão, tem países que não tem condições de superar com as próprias pernas uma catástrofe como essa”, disse Haddad.

O montante cedido pelo governo federal ao Rio Grande do Sul para auxiliar na recuperação da tragédia com as enchentes já alcança R$ 62,5 bilhões.  Segundo Haddad, ao menos o estado tem a União para se apoiar.

O ministro esteve no Vaticano durante a semana para um seminário de discussões sobre a estrutura financeira mundial, além de ações para enfrentar desafios como a pobreza. Em sua avaliação, a agenda foi “muito proveitosa”.

“Propostas estão sendo discutidas no âmbito do G20. Elas têm sido bem recebidas por alguns países que já se manifestaram a favor da proposta brasileira”, comentou.

Entre os países que compõem o G20, o Brasil, a França, a Alemanha, a África do Sul e autoridades da Espanha levantaram discussão quanto a exigência de que os multimilionários paguem impostos no valor de, ao menos, 2% de sua riqueza total, todos os anos.