Ações do governo

Haddad: governo lançará medidas para mercado imobiliário

Em entrevista, ministro diz que medidas farão com que crédito imobiliário possa ser "multiplicado por muitas vezes" no Brasil

Ministério da Fazenda, Fernando Haddad (Foto: Flickr)
Ministério da Fazenda, Fernando Haddad (Foto: Flickr)

O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou, nesta quarta-feira (27) que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai apresentar, na próxima semana, iniciativas para estimular o mercado imobiliário brasileiro e remover obstáculos ao seu desenvolvimento.

Durante uma entrevista concedida à rádio Itatiaia, de Minas Gerais, Haddad afirmou que as medidas planejadas visam estabelecer um mercado secundário de títulos imobiliários mais robusto, o que pode impulsionar as operações, embora ele não tenha fornecido informações detalhadas sobre as iniciativas.

“Nós vamos tomar medidas, na semana que vem, que vão destravar esse mercado imobiliário. Vamos criar um mercado secundário de títulos imobiliários muito robusto, para fazer com que o crédito imobiliário rode no Brasil e possa ser multiplicado por muitas vezes”, afirmou Haddad.

Durante a conversa, Haddad ressaltou que em outros países é comum a negociação facilitada de recebíveis lastreados em imóveis no mercado financeiro.

“Esse ativo tem um mercado secundário muito robusto no mundo desenvolvido, não fica na carteira do banco. O banco logo revende e abre espaço no seu balanço para financiar outro imóvel”, comparou.

Haddad reitera perdas com Perse e fala em fraude de R$ 1 bi

Fernando Haddad (PT), ministro da Fazenda, voltou a criticar o Perse (Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos). Segundo ele, o governo desbaratou um esquema na Justiça, autorizando o bloqueio de bens de R$ 1 bilhão de lavagem de dinheiro, utilizando o Programa.

“Na minha opinião, isso não ganhou a projeção devida. Eu vinha falando que o Perse estava sendo usado para essa finalidade, e a Receita demonstrou isso com um caso concreto”, disse Haddad em entrevista coletiva na tarde de sexta-feira (22), de acordo com o InfoMoney. 

Os dados aos quais Haddad se referiu foram divulgados pela Fazenda, baseados no relatório da Receita Federal. Nele, foi apontado um impacto de R$ 10,8 bilhões aos cofres públicos, em 2022, devido às isenções de impostos federais para empresas do setor de turismo e eventos.