O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta segunda-feira (09) com alta de 1,00%, aos 127.210,19 pontos. O dólar comercial subiu 0,18%, a R$ 6,08.
Na primeira sessão da semana, o Ibovespa conseguiu angariar alta com o cenário externo sendo seu principal impulso, após as movimentações econômicas benéficas na China.
O Gráfico DXY, índice do dólar nos EUA, teve alta de 0,10%, a US$ 106,16.
Para sustentar o crescimento econômico, a China noticiou que vai adotar uma política monetária “adequadamente frouxa” em 2024, a primeira mudança nesse sentido desde 2010.
Além disso, os planos do governo chinês incluem a implementação de uma política fiscal mais proativa e intensificar ajustes anticíclicos “não convencionais”, buscando estimular vigorosamente o consumo e expandir a demanda interna em todas as frentes.
“Existe um compromisso da China de voltar a fazer a economia ficar aquecida, e China, como o principal parceiro de exportação do Brasil, com certeza favorece muito a Bolsa”, disse Rodrigo Cohen, analista de investimentos e co-fundador da Escola de Investimentos.
Ainda na linha econômica, o Relatório Focus do BC (Banco Central) indicou que o consenso de economistas acredita que o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) deve estourar o teto em 2024 e subir 4,84%.
Outra elevação foi no PIB (Produto Interno Bruto), agora os economistas esperam resultado em 3,39% este ano. Já no caso da Selic (taxa básica de juros), para o encerramento de 2024 espera-se a taxa em 12%.
No radar corporativo, as ações de commodities impulsionaram o Ibovespa, sobretudo a Vale (VALE3) e a Petrobras (PETR4), com o avanço nos preços de suas respectivas commodities. O petróleo disparou por conta da pressão nas incertezas do mercado, causadas pelas tensões no Oriente Médio após rebeldes tomarem a capital da Síria e o presidente Bashar al-Assad fugir para a Rússia.
“Outra alta de hoje é de Yduqs, que sobe hoje após a empresa anunciar que comprou a rede Edufor, que possui unidades em São Luís, no Maranhão, e em Salvador, na Bahia, com cursos de saúde e direito. O mercado viu a novidade como positiva”, destacou Cohen.
A semana promete dados importantes para o Brasil e EUA, pois na quarta-feira (11), o Copom (Comitê de Política Monetária) do BC se reunirá para decidir sobre o percurso da Selic. Alguns especialistas projetam alta de 1 p.p., enquanto nos EUA o mercado aguarda os dados da inflação para nortear a próxima decisão sobre os juros.
A CSN Mineração (CMIN3) liderou os ganhos do Ibovespa, avançando 6,68%. Logo atrás, Vale (VALE3) e Bradespar (BRAP4) registraram altas de 5,32% e 4,98%, respectivamente.
Já na ponta negativa, Petz (PETZ3) liderou as perdas, caindo 4,51%. Em seguida, vieram Cogna (COGN3) e Localiza (RENT3), com perdas de 4,17% e 3,93%.
Altas e Baixas do Ibovespa: bancos tradicionais fecham com maioria em queda
No setor petrolífero, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) valorizaram 2,64% e 2,59%, respectivamente. Prio (PRIO3) valorizou 0,50%.
Entre as mineradoras e siderúrgicas, a Vale (VALE3) subiu 5,32%. Gerdau (GGBR4) registrou alta de 3,32%. Usiminas (USIM5) valorizou 2,34%.
No setor bancário, Itaú (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3) operaram com alta de 0,49% e baixa de 0,24%, respectivamente. Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) seguiram com desvalorizações 0,65% e 1,22%, em sequência.
Entre as varejistas, Magazine Luiza (MGLU3) caiu 0,94%. As ações das Lojas Americanas (AMER3) recuaram 1,53%. Casas Bahia (BHIA3) desvalorizou 3,58%.
Índices do exterior fecharam com maioria em queda
Os principais índices europeus tiveram desempenhos nesta segunda-feira (9). O índice DAX, de Frankfurt, desvalorizou 0,04%, enquanto o CAC 40, de Paris, recuou 0,55%. Já o índice pan-europeu Stoxx 600 subiu 0,17%.
Em Wall Street, os índices S&P 500 e Nasdaq recuaram 0,61% e 0,62%, respectivamente. Já o Dow Jones caiu 0,54%.