Possível elevação de crédito

Ibovespa fecha em alta repercutindo EUA e Moody’s; dólar cai

O Ibovespa fechou a sessão desta quinta-feira (2) com alta de 0,95%, aos 127.122,25 pontos; o dólar caiu fortemente, a R$ 5,11.

Foto: Pixabay / Ibovespa
Foto: Pixabay / Ibovespa

O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta quinta-feira (2) com alta de 0,95%, aos 127.122,25 pontos. O dólar comercial caiu fortemente 1,53%, a R$ 5,11.

Neste pregão pós-feriado do Dia do Trabalhador, o Ibovespa repercutiu a visão do mercado frente à manutenção da taxa de juros nos EUA, à mudança na perspectiva de crédito do Brasil pela Moody’s – de estável para positivo – e aos balanços trimestrais.

Iniciando com a política monetário dos EUA, na quarta-feira (1) o Fed (Federal Reserve) decidiu, como já era esperado pelos agentes do mercado, por manter a taxa de juros na linha dos 5,25% a 5,5% ao ano.

Além disso, o mercado doméstico se animou com a visão da agência de classificação de risco, Moody’s, alterando a perspectiva de nota de crédito do Brasil. Mesmo mantendo a avaliação de “Ba2”, a insituição pontou uma possível elevação no futuro.

“A ideia é simples. Taxas de juros mais baixas significam custos de empréstimos mais baixos para as empresas. Então, na minha visão, isso pode tornar o financiamento mais acessível e mais barato”, analisou Anderson Silva, head de renda variável e sócio da GT Capital.

“Além disso, taxas de juros mais baixas também podem estimular o consumo, já que os consumidores tendem a gastar mais quando os empréstimos são mais baratos. Isso pode beneficiar as empresas que dependem do consumo doméstico, levando a um aumento nas vendas e receitas”, prosseguiu o especilista.

Segundo Silva, esse novo cenário pode beneficiar empresas ligadas ao consumo doméstico, sendo a razão porque CVC (CVCB3), Magalu (MGLU3) e Casas Bahia (BHIA3) sobem nesta sessão.

Alexsandro Nishimura, economista e sócio da Nomos, concorda com a avaliação e indica outras altas, essas levadas pelo balanço trimestral positivo.

“As ações do setor de frigoríficos registraram alta, refletindo o bom desempenho da subsidiária da JBS, Pilgrim’s Pride, que registrou lucro líquido de US$ 174,4 milhões e Ebitda de US$ 371,9 milhões, alta de 144,8% ante ano anterior”, disse.

Altas e Baixas do Ibovespa: Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) cravam alta

A Casas Bahia (BHIA3) liderou os ganhos do Ibovespa, avançando 15,18%. Logo atrás, CVC (CVCB3) e Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) registraram altas de 12,44% e 8,53%, respectivamente.

Já na ponta negativa, Embraer (EMBR3) liderou as perdas, caindo 1,89%. Em seguida, vieram WEG (WEGE3)Prio (PRIO3), com perdas de 1,77% e 1,21%.

No setor petrolífero, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) avançaram 0,38% e 0,38%, respectivamente. Prio (PRIO3) desvalorizou 1,21%.

Entre as mineradoras e siderúrgicas o movimento positivo foi puxado pela Vale (VALE3) que subiu 1,00%. Gerdau (GGBR4) registrou alta de 2,03%. Usiminas (USIM5) valorizou 0,88%.

No setor bancário, Itaú (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3) operaram com alta de 1,45% e 1,06%, respectivamente. Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) seguiram com desvalorização de 1,14% e valorização de 2,49%, em sequência.

Entre as varejistas, Magazine Luiza (MGLU3) subiu 7,35%. As ações das Lojas Americanas (AMER3) equilibraram em 0,00 %. Casas Bahia (BHIA3) valorizou 15,18%.

Índices do exterior fecharam sem direção única

Os principais índices europeus tiveram desempenhos mistos nesta quinta-feira (2). O índice DAX, de Frankfurt, desvalorizou 0,15%, enquanto o CAC 40, de Paris, recuou 0,88%. Já o índice pan-europeu Stoxx 600 caiu 0,31%. Em Wall Street, os índices S&P 500 e Nasdaq avançaram 0,91% e 1,51%, respectivamente. Já o Dow Jones avançou 0,85%.