O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) subiu 0,45% em dezembro, e com isso, a conhecida “inflação do aluguel” acumulou alta de 5,45% em 2022. Os dados foram divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta quinta-feira (29).
Apesar da aceleração de novembro para dezembro, o resultado ficou abaixo do consenso Refinitiv. O mercado projetava uma alta de 0,54%. Em dezembro do ano passado a alta também foi maior. Na ocasião, o IGP-M tinha variado 0,87%, e acumulava aumento de 17,78% no acumulado de um ano.
Para André Braz, coordenador dos índices de preços do Ibre/FGV, dezembro registrou uma “aceleração dos preços de alimentos importantes ao produtor e ao consumidor”.
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“No índice ao produtor, os maiores aumentos foram registrados para: feijão (de -1,45% para 15,36%), bovinos (de -2,20% para 1,55%) e óleo de soja refinado (de 2,57% para 7,35%). Já no âmbito do consumidor, as maiores altas foram registradas para alimentos in natura, com destaque para: tomate (de 18,13% para 19,12%) e cebola (17,36% para 24,80%)”, afirmou Braz, em nota.
Variações do IPA, IPC e INCC, que compõem o IGP-M
Segundo a FGV, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) variou 0,47% em dezembro, após queda de 0,94% em novembro. A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de 0,01% para -0,47%, no mesmo período.
Ainda, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,44% em dezembro. Em novembro, a alta havia sido de 0,64%. A FGV informou que cinco das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação. A principal contribuição partiu do grupo Saúde e Cuidados Pessoais, de 1% para 0,37%.
Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), último indicador que compõe o IGP-M, variou 0,27% em dezembro, ante 0,14% em novembro. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de novembro para dezembro: Materiais e Equipamentos (-0,35% para 0,37%), Serviços (0,35% para 0,43%) e Mão de Obra (0,53% para 0,16%).
