Caso Magazine Luiza

Kabum: Justiça rejeita ação de fundadores contra Itaú BBA

Os Ramos acusam o banco de investimento de favorecer a Magazine Luiza na compra da plataforma, em 2021

Kabum
Foto: Divulgação

A Tribunal de Justiça de São Paulo impôs mais uma derrota aos irmãos Thiago Camargo Ramos e Leandro Camargo Ramos, fundadores da Kabum, em ação contra o Itaú BBA e contra o responsável direto pela área de M&A do banco, Ubiratan Machado.

Os Ramos acusam o banco de investimento de favorecer a Magazine Luiza (MGLU3) na compra da plataforma de comércio eletrônico. Em texto publicado na imprensa, os irmãos definem Ubiratan e Fred Trajano, CEO da Magazine, como “cunhados, melhores amigos e parceiros de negócios” e os acusam de terem atuado em conjunto para prejudicá-los, numa “relação conflituada e maliciosa”.

No entendimento do tribunal, a ação careceu de “mínimos indícios” que justificassem o ajuizamento de uma ação indenizatória. Com a derrota, os fundadores da Kabum terão que arcar com as custas do processo, além dos honorários sucumbenciais do banco e de Ubiratan Machado.

As ações já tinham sido julgadas na primeira instância. Agora trata-se de uma decisão de segunda instância, que ocorreu após os irmãos recorrerem.

A Magazine Luiza (MGLU3) adquiriu a Kabum em 2021, por R$ 3,5 bilhões. Thiago Camargo Ramos e Leandro Camargo Ramos são detentores de 1,02% do total de ações da empresa.

Magalu (MGLU3): CEO é acusado de fraude contábil por Kabum

Os irmãos fundadores da Kabum, Thiago Camargo Ramos e Leandro Camargo Ramos, acusam o CEO da Magalu (MGLU3), Frederico Trajano, de fraude contábil. Eles são detentores de 1,02% do total de ações da empresa.

A empresa convocou uma reunião de acionistas para o próximo dia 29, para deliberar sobre o pedido. Os irmãos alegam que Trajano cometeu fraude contábil que resultou em um ajuste acumulado no patrimônio líquido de R$ 829,5 milhões.

Thiago e Leandro Ramos afirmam que “após o início das atividades de integração das companhias, alertaram Trajano e outros diretores da companhia de uma deficiência grave no controle contábil de estoque”.

Ainda segundo eles, Trajano, “para obter satisfação de um desejo pessoal de vingança contra os irmãos Ramos, deliberada e intencionalmente fez com que a companhia deixasse prescrever e perecer em definitivo um crédito fiscal, reconhecido por sentença transitada em julgado, no valor de aproximadamente R$ 40 milhões”.

O CEO da Magalu nega as acusações e diz que elas “não servirão, em hipótese alguma, para que os antigos controladores do Kabum obtenham qualquer tipo de vantagem indevida, em prejuízo da companhia”.