Kimberly-Clark quer vender ativos na América Latina

Outras companhias do segmento como a Copapa também sinalizam o mesmo movimento

A Kimberly-Clark, multinacional que é dona das marcas Neve e Kleenex no Brasil, avalia vender as suas ações de papel tissue (utilizado para consumo de higiene) no Brasil e na América Latina. A informação é do jornal “Valor Econômico”.

Outras companhias do segmento como a Copapa também sinalizam o mesmo movimento. A Kimberly-Clark é a quarta maior empresa do setor e está em conversas com o banco J.P Morgan para fazer uma avaliação completa de seu portfólio na América Latina. A Copapa, que possui as marcas Carinho Eco Green e Toilet, está recebendo assessoria do Itaú BBA no tema.

A Mili tem sido assediada pelos rivais, mas não tem planos de venda. Empresas menores também interessam aos concorrentes.

Diversas companhias são apontadas como interessadas nos ativos da Kimberly-Clarke como a brasileira Suzano, a chilena Softys, e as asiáticas Nine Dragons Paper, Oji Holdings e RGE.

O montante de ativos da Kimberly-Clark não está fechado, o mercado avalia o valor entre US$ 800 milhões a US$ 1 bilhão. O México foi pego de surpresa com a decisão da saída da empresa norte-americana da América Latina.

Kimberly-Clarke quer vender todos os ativos de uma só vez

Segundo uma fonte do “Valor Economico”, a companhia dos EUA pretende vender todos os seus ativos de uma vez. O alto custo do papel e da celulose vem registrando forte aumento de despesas nos últimos anos. A Kimberly-Clarke elevou a sua previsão de gastos com esses insumos para US$1,1 bilhão.

Os preços da celulose de eucalipto já subiram 46,5% na China. Na Europa os preços já estão acima de US$ 1 mil por tonelada. 

“Na semana passada, a empresa detalhou os investimentos e compromissos significativos que está fazendo com nossos negócios e nossos funcionários na América Latina. Esses investimentos refletem nosso foco contínuo em atender os consumidores de toda a região”, afirmou a Kimberly-Clark em comunicado.

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