Light (LIGT3): Tanure adquire ações e aumenta participação para 28%

A WNT passou a deter 104.524.700 ações ordinárias, equivalente a participação de 28,06% do capital social da Light

A Light (LIGT3) emitiu comunicado ao mercado na noite desta quarta-feira (28) informando que a WNT Capital passou a deter, por meio dos fundos de investimento e carteiras administradas por ela geridos, 104.524.700 ações ordinárias, equivalente a participação de 28,06% do capital social da companhia.

“A WNT esclarece que a referida participação foi adquirida com o objetivo de aumentar a exposição dos fundos de investimento sob sua gestão, não havendo, contudo, qualquer acordo ou contrato regulando o exercício do direito de voto ou a compra e venda de valores mobiliários de emissão da Companhia por parte dos fundos, exceto no que diz respeito ao manual de exercício de direito de voto da WNT”, explicou a concessionária de energia no informativo. 

A WNT é conhecida na Avenida Faria Lima por apostas agressivas. A empresa representa os interesses do empresário baiano Nelson Tanure e de Daniel Vorcaro, do Banco Master, ambos especializados em negociar a recuperação de distressed assets. A WNT tem cerca de R$ 10,6 bilhões sob gestão em 100 fundos que apostam, especialmente,  em companhias  com problemas de caixa. 

Além da Light, a companhia tem participação de 40% na varejista de artigos de vestuário de alto padrão Veste, 30% na Ingresso Livre, plataforma de vendas de ingressos e 28% da Westwing (WEST3), marketplace de produtos de decoração e lifestyle, segundo a gestora. 

Nelson Tanure vira sócio majoritário da elétrica

Em maio, Nelson Tanure se tornou sócio majoritário da Light. Por meio da gestora WNT, o empresário obteve 21,8% do capital social da elétrica.

A movimentação da gestora é feita em meio ao processo de recuperação judicial da Light. No comunicado enviado na véspera, a elétrica afirmou que, segundo a WNT, a participação foi adquirida com o objetivo de aumentar a exposição dos fundos de investimento sob sua gestão.

O presidente da elétrica, Octavio Lopes, afirmou, que não havia “conexão” entre as recentes estratégias adotadas pela companhia em sua reestruturação de capital e eventuais interesses de seus acionistas, como a WNT e Tanure.