Lula anuncia Lewandowski como novo ministro da Justiça

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) revelou, nesta quinta-feira (11), a escolha de Ricardo Lewandowski, ex-ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF), como o novo ministro da Justiça e Segurança Pública.

Sendo assim, Ricardo Lewandowski assumirá o cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública em substituição a Flávio Dino, que deixou a pasta para assumir a posição de ministro no Supremo Tribunal Federal (STF). Coincidentemente, tanto o atual quanto o antecessor foram indicados por Luiz Inácio Lula da Silva para integrar a Suprema Corte.

O presidente da República fez o anúncio ao lado de seus dois aliados, após uma reunião no Palácio do Planalto. “Ganha o Ministério da Justiça, ganha a Suprema Corte e ganha o povo brasileiro com essa dupla que está ao meu lado, cada um na sua função”. Além disso, Lula informou que Ricardo Lewandowski assumirá o ministério somente em 1º de fevereiro, enquanto Flávio Dino continuará à frente da pasta até essa data, uma vez que sua posse no STF está marcada para 22 de fevereiro.

Trajetória de Lewandowski

Lewandowski se aposentou em abril de 2023, após completar 75 anos, e foi substituído por Cristiano Zanin. Já Dino vai assumir a vaga deixada por Rosa Weber, que também saiu no ano passado, e com isso Lula voltará a ter quatro indicados no STF.

Graduado pela Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo e mestre e doutor pela Universidade de São Paulo, Ricardo Lewandowski é natural do Rio de Janeiro, mas construiu sua trajetória profissional no Judiciário paulista. Entre 1990 e 1997, atuou como juiz criminal, posteriormente assumindo o cargo de desembargador no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) de 1997 a 2006. Sua nomeação ao Supremo Tribunal Federal (STF) ocorreu após ser indicado por Luiz Inácio Lula da Silva.

Destacando-se em casos criminais no Supremo Tribunal Federal, Lewandowski teve um papel de destaque como revisor no processo do conhecido “mensalão”. Durante esse período, houve momentos de antagonismo com o relator do caso, na época, o ministro Joaquim Barbosa.