Recorde em debêntures

Mercado de capitais tem giro recorde de R$ 337,9 bi no 1º semestre

O avanço da captação no mercado de capitais é de cerca de 119% em relação ao mesmo período em 2023

Ibovespa
Ibovespa /Foto: Pixabay

As empresas brasileiras captaram R$ 337,9 bilhões no mercado de capitais doméstico no primeiro semestre de 2024. O volume representa um recorde, de acordo com informações da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).

O avanço da captação no mercado de capitais é de cerca de 119% em relação ao mesmo período em 2023, marcado pelas crises das Lojas Americanas (AMER3) e da Light (LIGT3), que deixaram o mercado estagnado por alguns meses.

A renda fixa ganhou mais espaço no primeiro semestre deste ano e responde a 90% do volume total no período. Foram R$ 305 bilhões emitidos, um volume significativamente maior que o emitido um ano antes.

Em relação à renda variável, as emissões totalizaram R$ 4,9 bilhões, uma forte contração em relação ao registrado no mesmo período em 2023, quando foram R$ 13,5 bilhões. Já os instrumentos híbridos somaram R$ 28 bilhões, ante os R$ 28 bilhões de um ano antes.

Além disso, as emissões de debêntures somaram R$ 206,7 bilhões no primeiro semestre, o maior volume da série histórica para o período, de acordo com o “Valor”.

No primeiro semestre, foram emitidos R$ 78,2 bilhões. Foram 289 emissões no período. Destas, 73 superaram R$ 1 bilhão. O prazo médio das ofertas foi de 7,5 anos.

CVM: mercado de capitais “está pronto” para economia mais favorável

mercado de capitais está pronto para um cenário macroeconômico mais favorável no Brasil, afirmou o presidente da CVM (Comissão de Valores Mobiliárias), João Pedro Nascimento.

“O Brasil está aguardando o momento oportuno macro para a retomada das emissões, depende de um importante tempero do cenário, mas está preparado para isso”, disse Nascimento ao participar do MKR24, evento sobre mercado de capitais e de investimentos promovido pela Anbima e pela B3.

Nascimento destacou a “revolução” dos fundos, que consolidou 39 normas sob um arcabouço único e a modernização da atividade dos assessores de investimentos (antigos agentes autônomos). Ele atribuiu o crescimento do mercado aos “assessores e à indústria de intermediação.”

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