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Minerva (BEEF3): BTG rebaixa ação para neutra

A mudança reflete uma percepção de risco aumentado para a Minerva, de acordo com especialistas

Minerva
Minerva / Divulgação

Os analistas do banco BTG (BPAC11) optaram por reduzir a recomendação da Minerva (BEEF3) para neutra, estabelecendo um preço-alvo de R$8.

A mudança reflete uma percepção de risco aumentado para a empresa, de acordo com a análise realizada pelos especialistas.

Segundo os analistas Thiago Duarte e Henrique Brustolin, as expectativas para os anos de 2023 e 2024 eram de que seriam períodos promissores para a Minerva.

Eles anteciparam benefícios advindos de um ciclo positivo de commodities, com uma oferta generosa de gado e a abertura de novos mercados de exportação para o Brasil.

“No entanto, acreditávamos que havia um valor estratégico convincente em que a Minerva se tornasse uma empresa verdadeiramente líder global no comércio de carne bovina”, explicam os analistas do BTG.

“Com o passar do tempo, a aprovação do negócio foi adiada, e soubemos que o preço seria ainda mais alto devido aos juros de Março/24 em diante. Reações iniciais dos órgãos antitruste do Brasil e do Uruguai sugerem que a aprovação pode vir com soluções que poderiam tornar o negócio economicamente menos atraente”, detalham.

Projeções da Minerva

O BTG observa que, embora as projeções da empresa para os indicadores operacionais estejam precisas, a alavancagem pode atingir um patamar consideravelmente menos confortável.

Assim, a Minerva teria passado “de uma história clara de desalavancagem para uma história alavancada, exatamente quando alguns ventos favoráveis ​​de custos (nomeadamente o ciclo favorável do gado) estão prestes a começar a reverter em algum momento no final de 2024/início de 2025”.

BTG (BPAC11): empresa do banco levanta US$ 1,24 bi para fundo

O BTG (BPAC11), por meio do Timberland Investment Group (TIG), finalizou a captação de recursos para o BTF II, alcançando um total de US$ 1,24 bilhão.

O fundo direciona seus investimentos para ativos florestais maduros em mercados consolidados no Chile, Uruguai e Brasil, e já aplicou uma parte considerável de seu capital em cinco investimentos.

“Estamos satisfeitos em anunciar o encerramento da captação para nosso fundo da estratégia principal de florestas comerciais na América Latina, que visa aproveitar os atributos únicos da região, incluindo condições ideais de crescimento, uma das indústrias florestais mais tecnologicamente avançadas e produtivas do mundo, e mercados domésticos fortes para produtos florestais”, disse em nota Gerrity Lansing, sócio e diretor de International Private Markets do BTG.