A Oi (OIBR3) poderá ser investigada pelo Ministério Público Federal do Rio de Janeiro. Na última quarta-feira (08), o Instituto Ibero-americano Empresa, associação que representa investidores minoritários, solicitou que o MPF do Rio de Janeiro abra investigações sobre as inconsistências nos pronunciamentos oficiais da operadora.
A associação, em articulação com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), pede ao órgão judicial que seja examinada uma possível manipulação de mercado, assim como movimentações atípicas de pessoas em posse de informações privilegiadas.
De acordo com o Instituto, em agosto do ano passado, a Oi alegou nos seus autos de recuperação judicial que tinha condições de controlar suas dívidas por pelo menos três anos.
Além disso, em dezembro, poucos dias antes do fim da recuperação judicial, o CEO da Oi, Rodrigo Abreu, comunicou ao mercado que as dívidas caíram para R$ 18 bilhões. Um mês depois, estas saltaram para R$ 29 bilhões, com risco de cobrança antecipada de outros créditos.
“A saída da recuperação judicial em dezembro e o potencial retorno em fevereiro levaram o mercado a comportamentos de alta e baixa atípica das ações, com incrementos que superaram os 50%”, escreveu a associação.
Nesta quinta-feira (09), por volta das 14:10 (de Brasília), as ações da Oi recuavam 1,53%, cotadas a R$ 1,29.
Oi (OIBR3) entra com pedido de recuperação judicial nos EUA
A Oi (OIBR3) entrou com um pedido de recuperação judicial nos EUA na quarta-feira (8), por meio do chamado Chapter 15, a Lei de Falências norte-americana. A regra possibilita às empresas estrangeiras terem seu processo estendido em solo norte-americano, protegendo ativos que detêm no País.
O movimento já era esperado na esteira da decisão cautelar que a companhia obteve na semana passada na Justiça do Rio de Janeiro e que suspendeu por 30 dias a execução de cobranças de suas dívidas.
Assim como se movimento nos EUA, a companhia avalia entrar em um novo processo de recuperação judicial no Brasil.
O pedido pelo Chapter 15 foi feito na Corte de Falências de Nova York. O caminho seguido pela Oi é similar ao da Americanas, que também recorreu à Lei de Falências dos EUA após explodir a notícia do rombo bilionário na varejista.