Oi (OIBR3) conclui venda de torres à NK 108 por R$ 905 milhões

A Oi comunicou a conclusão da venda de torres telefônicas da SPE Torres 2 para a NK 108 Empreendimentos e Participações S.A

A Oi (OIBR3) emitiu fato relevante na noite desta quarta-feira (12) comunicado ao mercado a conclusão da venda de torres telefônicas da SPE Torres 2 para a NK 108 Empreendimentos e Participações S.A. 

Com a conclusão da Operação, a NK 108 realizou, nesta quarta, o pagamento de parcela à vista em dinheiro, no montante de R$ 905.106.874,26.

“A conclusão da Operação representa a implementação de mais uma etapa do seu processo de reestruturação, visando assegurar à Companhia maior eficiência financeira e sustentabilidade de longo prazo, com foco na execução de seu core, visando o aumento das receitas com a expansão dos serviços através da fibra ótica e no mercado corporativo, oferecendo soluções inovadoras de TI por meio da Oi Soluções”, disse a Oi no comunicado. 

 A alienação à NK 108 foi autorizada pelo Juízo da primeira recuperação judicial e concluída em conformidade com a Lei 11.101/05 e com o respectivo Aditamento ao Plano de Recuperação Judicial homologado pelo Juízo da 7ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro em 5 de outubro de 2020.

Oi: Justiça nomeia 3ª administradora para recuperação judicial

No final de junho, uma terceira empresa foi designada para auxiliar na recuperação judicial da Oi nesta semana. A 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro nomeou a companhia Preserva-Ação como nova administradora que atuará ao lado da Wald Advogados e K2 Consultoria Econômica, que já estão no processo como administradoras.

A recuperação judicial da empresa de telefonia, a segunda da companhia, inclui uma dívida de R$ 44,3 bilhões. Ao todo, são 160 mil credores.

O juiz responsável pelo caso, Fernando Viana, citou a complexidade da operação, afirmando que o volume de trabalho do caso Oi “supera em muito a capacidade média de uma estrutura de administração judicial”.

“A atuação da sociedade especializada ora nomeada será executada em conjunto e coordenação para com as sociedades já nomeadas na decisão de processamento da recuperação judicial”, disse Viana.

A Wald Advogados, uma das três administradoras da atual recuperação judicial da Oi atualmente, já havia participado do primeiro processo da companhia. A primeira recuperação judicial da Oi durou seis anos, entre 2016 e 2022.

No entanto, meses após sair da primeira recuperação, a Oi entrou com outro processo em meio a uma crise contínua. A segunda recuperação judicial da Oi foi autorizada pela Justiça em março de 2023.

Após seguidos prejuízos, a companhia planeja novas vendas de ativos e reestruturação interna para os próximos meses. Em seu último balanço divulgado, a Oi teve prejuízo de R$ 1,2 bilhão no primeiro trimestre de 2023.