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Petrobras (PETR4) deve repassar dividendos até outubro

A empresa tem tranquilizado os acionistas quanto à manutenção dos planos de investimentos

Petrobras (PETR4)
Petrobras (PETR4) / Foto: Divulgação

A Petrobras (PETR4) sinalizou que deve repassar os dividendos extraordinários, pelo menos em parte, até outubro. A informação é da coluna da jornalista Débora Bergamasco, da CNN Brasil.

Segundo a publicação, os acionistas da Petrobras estão sendo tranquilizados com o argumento de que o plano de investimentos da estatal será mantido, sem precisar do dinheiro que agora está represado em um fundo de reserva e sem gerar riscos financeiros para a petroleira.

No último dia 12, Alexandre Silveira, Ministro de Minas e Energia, já havia informado que o conselho de administração poderia reavaliar a decisão de não pagar os dividendos. Ainda de acordo com o ministro, o repasse aconteceria em um “momento oportuno”.

O ministro da Fazenda Fernando Haddad completou dizendo que a evolução dos investimentos da Petrobrás seria avaliada antes da decisão sobre a distribuição dos recursos. 

“No orçamento da União, constam dividendos ordinários. A Fazenda não fez orçamento (de 2024) contando com dividendos extraordinários”, disse Haddad após reunião no Palácio do Planalto. “Se vierem, melhorarão o orçamento; mas não estamos contando com isso”, completou o ministro.

A Petrobras (PETR4) enfrenta um dilema quanto a distribuição de seus dividendos extraordinários. Conforme apontou uma fonte da equipe econômica ao Valor Econômico, nesta segunda-feira (11), a arrecadação primária do governo federal aumentaria entre R$ 6 bilhões e R$ 12 bilhões com os dividendos da empresa. 

Os dividendos extraordinários da Petrobras são referentes ao quarto trimestre de 2023. A polêmica em torno da distribuição começou quando o presidente da companhia, Jean Paul Prates, afirmou que eles deveriam ser cautelosos com o pagamento. 

Além disso, na quinta-feira (7), o quadro negativo se intensificou quando a petroleira anunciou uma queda de 33% no lucro anual, junto com a aprovação, pelo Conselho de Administração, do não pagamento de R$ 43 bilhões de dividendos extraordinários. O governo federal teria direito a cerca de 28% desse total.