Petrobras (PETR4) segue avaliando possíveis negócios com Unigel

No início do mês, a estatal havia informado a assinatura do acordo de confidencialidade com a Unigel, não vinculante e com vigência de dois anos

A Petrobras (PETR3, PETR4) afirmou em nota publicada na manhã desta sexta-feira (23), que a companhia se reuniu nesta semana com representantes da Unigel Participações S.A. A petroleira disse que ambas seguem explorando possibilidades de desenvolver negócios.

Vale lembrar que, no início deste mês, a Petrobras informou sobre a assinatura do acordo de confidencialidade com a Unigel, não vinculante e com vigência de dois anos, que visa avaliar negócios conjuntos nas áreas de fertilizantes, hidrogênio verde e projetos de baixo carbono.

Nesse sentido, o presidente da estatal, Jean Paul Prates informou, na quinta-feira (22), que a petroleira terá que retomar o projeto de fertilizantes nitrogenados de Três Lagoas (MS). Além disso, Prates não comentou sobre a Unigel nem deu outros detalhes.

A Unigel já opera fábricas de fertilizantes nitrogenados na Bahia e Sergipe, ambas arrendadas junto à Petrobras.

Goldman Sachs recomenda compra

As ações da Petrobras (PETR3;PETR4) receberam recomendação de compra da Goldman Sachs. Além disso, o banco norte-americano estipulou preço-alvo de R$ 45,10 para os papéis PETR3 e de R$ 41,00 para os ativos PETR4. 

A Goldman Sachs atribuiu a recomendação de compra ao valuation atrativo da estatal em comparação aos pares internacionais, indicando que pelo menos uma parte do risco político já está precificado.

A instituição financeira projeta que a Petrobras registre um número de 15% o Free Cash Flow Yield (rentabilidade de fluxo de caixa, que é calculada pela divisão do fluxo de caixa entre o número de ações/ preço das ações) esperado para 2024 e 2025, levando em conta o brent abaixo de US$ 70 na curva de preços futura.

Além disso, os “riscos de cauda” para a petroleira parecem ter diminuído após o novo governo dar esclarecimentos sobre as políticas a serem adotadas sobre dividendos, preços de combustíveis e alocação de capital.

Os analistas da Goldman Sachs ainda apontam que a nova política de dividendos da Petrobras deve ser anunciada até o final de julho, mas ao mesmo tempo a administração já mencionou que acredita que o pagamento de 25% sobre os lucros é muito baixo.