Os preços internacionais do petróleo fecharam em queda nesta quinta-feira (19), com o mercado ainda repercutindo o tom mais “hawkish” (voltado ao aperto monetário) do Fed (Federal Reserve). O Banco Central dos EUA sinalizou que haverá menos espaço para cortes nas taxas de juros do país em 2025 do que era esperado.
Diante disso, o contrato futuro do petróleo tipo Brent (referência global) com vencimento para fevereiro fechou com queda de 0,69%, cotado a US$ 72,88 por barril. Já o WTI (referência norte-americana) caiu 0,91%, a US$ 69,38.
A perspectiva de uma postura mais restritiva do Fed e uma economia menos aquecida no próximo ano tende a afetar a demanda pela commodity. Além disso, o movimento de forte valorização do dólar tende a encarecer ainda mais o petróleo para compradores que utilizam outras divisas.
Produção de petróleo no Brasil deve crescer 6% em 2025, diz IBP
Para o ano que vem é esperado que a produção de petróleo do Brasil cresça em torno de 6%, alcançando os 3,6 milhões de barris por dia (bpd), contra a média acumulada de 3,4 milhões de bpd neste ano até outubro, segundo dados do Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP).
Anteriormente, o Plano Decenal de Expansão de Energia da Empresa de Pesquisa Energética havia apontado uma estimativa superior a essa projeção do IBP, considerando o intervalo até 2034.
O Plano, que está disponível para consulta pública, aponta para um crescimento de mais de 10% da produção do petróleo no país, para mais de 4 milhões de bpd.
Commodity fortalece o Brasil como notável player global de exportação
O resultado da balança comercial brasileira, divulgado na semana passada, mostrou que o petróleo se tornou a commodity mais exportada do País. Para especialistas, isso fortalece o Brasil como um novo player mundial do setor e puxa mais investimentos externos.
Conforme dados disponibilizados pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, de janeiro a novembro o petróleo desbancou a soja de forma inédita na série histórica e se tornou o principal produto da exportação brasileira.