Por que as piores ações do Ibovespa em 2021 sobem forte hoje

Os papéis das varejistas ganharam um impulso das vendas de Natal e de uma pesquisa que prevê queda nas perdas com feriados em 2022

Depois de terem recebido o título de piores ações do Ibovespa em 2021, Via (VIIA3), Magazine Luiza (MGLU3) e Americanas (AMER3) ganharam um pequeno presente das vendas de Natal e de uma pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) para recuperaram partes das perdas. 

A segunda-feira (27) foi de alta volatilidade no mercado nacional e as três empresas lideram a ponta positiva do principal índice acionário brasileiro.  

Por volta das 12h25, no horário de Brasilia, Magazine Luiza ON (MGLU3) tinha uma alta de 4,84%, cotada a R$ 6,50. Logo atrás estavam a Americanas ON (AMER3) com +3,97% e sendo cotada a R$ 31,95 e as Lojas Americanas PN (LAME4), cotada a R$ 6,04 após alta de 3,96%). A Via ON (VIIA3) não ficou de fora e garantiu um aumento de 3,33%. 

Para o Magalu, o apetite dos investidores pelos papéis também é beneficiado pela notícia de que a empresa fará uma emissão de R$ 2 bilhões em debêntures. De acordo com a varejista, o montante obtido “será utilizado para otimização do fluxo de caixa no curso e gestão ordinária dos negócios”. 

A chegada da ômicron, nova variante do covid-19, ao país junto a uma epidemia de gripe incomum para o verão assustaram o comércio, mas, segundo estimativas da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), a ameaça não se concretizou. 

A associação calcula que houve crescimento real das vendas próximo 10%, em relação ao ano anterior. Aproximadamente 123,7 milhões de brasileiros foram as compras no feriado, principalmente por meio da internet. O e-commerce se tornou o principal canal de compras do Natal, com 45% da participação do público, contra 40% dos shoppings. 

Se comparado ao período pré-pandemia, no entanto, há uma redução de 3,5% nas vendas. Apesar disso, o avanço anual representa uma vitória diante do cenário de crise econômica e inflação. Além da melhora nas vendas, uma pesquisa da CNC aponta que as perdas no comércio brasileiro com feriados devem ser 22% menores em 2022. 

Neste ano, o segmento sofreu um prejuízo de R$ 22,11 bilhões com as “folgas” no calendário. Sete dos nove feriados nacionais caíram em dias úteis, além de outros dois em sábados, quando o expediente é menor no varejo. 

Para 2022, a expectativa é que essas perdas recuem aos R$ 17,25 bilhões, com o Dia do Trabalho e o Natal caindo em dias de domingo.

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