O fundo de investimentos imobiliários Caixa Agências (CXAG11) estreou na Bolsa de Valores brasileira (B3) no dia 5 de janeiro e já sente um declínio de 25%, em meio à digitalização de instituições financeiras. Muitos questionam a sustentabilidade de um FII com foco apenas em agências bancárias. Além disso, a qualidade dos imóveis e as características do contrato de locação do novo fundo também se destacaram.
O Caixa Agências possui uma carteira composta por 32 imóveis que abrigam agências da Caixa Econômica Federal nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
A analista da XP Maria Fernanda Violatti sinaliza a qualidade e a localização dos imóveis do fundo, o que é importante para qualquer carteira. Nesse caso, 23 de seus imóveis são classificados como de baixa e média liquidez, desta forma eles oferecem maior dificuldade na reposição de inquilinos ou até mesmo para venda.
“Se no futuro a Caixa deixar de ser a locatária destes imóveis, o fundo poderá ter grandes dificuldades de encontrar novos locatários e até compradores para os imóveis”, prevê Violatti, de acordo com o InfoMoney.
Como ponto positivo, a analista lembra que o atendimento presencial da Caixa é muito forte, com isso, durante o período do contrato, deve ser mantido o fluxo de dividendos.