Pagamento de proventos

Rede D’Or (RDOR3) paga R$ 300 milhões em JCP; veja valor por ação

A liberação do pagamento será realizada em 5 de abril, baseado na composição acionária do dia 26 de março

Foto: Reprodução / LinkedIn / Rede D’Or São Luiz
Foto: Reprodução / LinkedIn / Rede D’Or São Luiz

Os membros do Conselho Administrativo da Rede D’Or (RDOR3) aprovaram o destino de R$ 300 milhões para o pagamento de JCP (Juros sobre Capital Próprio) aos acionistas da empresa.  O valor total representa um repasse de R$ 0,1330 por ação. 

Nos termos estipulados, a liberação do pagamento será realizada em 5 de abril, baseado na composição acionária do dia 26 de março, de acordo com o Valor Investe.

Após esse período, a partir de 27 de março, as ações ordinárias da Rede D’Or (RDOR3) passarão a ser negociadas sem direito à remuneração. 

Junto com os dividendos, os JCP são o principal meio pelo qual os acionista podem receber de volta os investimentos depositados no negócio. Porém, diferente dos dividendos, essa forma visa substituir o desconto da correção monetária. Isso é feito na apuração do lucro real e chega à base de cálculo de impostos por consequência.

Rede D’Or (RDOR3): BBI corta recomendação para neutra

O Bradesco BBI revisou sua recomendação para as ações da Rede D’Or (RDOR3) de compra para neutra, destacando uma visão menos otimista em relação ao setor de saúde em 2024, apesar do desempenho inferior em comparação com o Ibovespa em 2023.

O preço-alvo foi reduzido de R$ 35 para R$ 31, com base em uma avaliação de 16 vezes o índice Preço/Lucro para 2025, representando um prêmio de 38% em relação aos 11,6 vezes da Hapvida (HAPV3). O BBI considera esse prêmio acima do justo de 15%, e levando em conta o cenário negativo dos pagadores, crescem os riscos para o ambicioso plano de expansão da companhia.

Os analistas do BBI também justificam sua visão mais cautelosa devido à persistência de um cenário desafiador para os prestadores de serviços de saúde. Isso se deve aos índices de MLR (Medical Loss Ratio – taxa de sinistralidade) que permanecem elevados entre os pagadores, apesar dos significativos aumentos de preços observados em 2023.

Além disso, é esperada uma diminuição das receitas financeiras em 2024, devido às taxas de juros mais baixas. O banco também destaca o risco de tributação do benefício fiscal de ICMS para as farmacêuticas, especialmente HYPE, devido ao seu incentivo fiscal e à sua relevância fiscal de ICMS acima da média de mercado (representando 13% da receita líquida).