As ações da Sabesp (SBSP3) operam em baixa no pregão do Ibovespa desta quinta-feira (7). Às 11h10 (horário de Brasília), os papéis da empresa de saneamento de São Paulo registravam queda de 0,59%, cotadas a R$ 68,73.
O movimento ocorre um dia após a aprovação do projeto de lei pela Assembleia Legislativa paulista (Alesp) que autoriza o governo de São Paulo a privatizar a companhia.
Após uma sessão muito tumultuada, que não contou com a presença de deputados de oposição, a Alesp aprovou a desestatização da Sabesp. A sessão começou no final da tarde, mas precisou ser interrompida por cerca de duas horas após uma confusão que tomou conta da Casa Legislativa.
Policiais militares e manifestantes contrários à desestatização se desentenderam. Os PMs agiram com cassetete e spray de pimenta após parte do público tentar derrubar o vidro que separa a galeria do plenário.
O projeto de lei foi aprovado com 62 votos a favor e um contra – o da deputada Delegada Graciela (PL). Eram necessários, no mínimo, 48 votos dos 94 deputados para o texto seguir para a sanção do governador.
A desestatização foi uma das promessas de campanha do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e marca uma importante vitória para o gestor.
O projeto
O principal objetivo do projeto é ampliar os investimentos para universalizar o saneamento básico, de acordo com informações do governo estadual. Esses recursos passariam a vir, então, do capital privado.
A previsão era de que a Sabesp investiria R$ 56 bilhões até 2033 para concretizar a meta de universalização estipulada pelo Novo Marco do Saneamento — que prevê 99% da população abastecida com água tratada e 90% com coleta e tratamento de esgoto na próxima década.
Com a privatização, a estimativa divulgada pelo governo é de que os investimentos sejam ampliados para R$ 66 bilhões e que o objetivo seja cumprido até 2029.